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Facebook libera dados de pequenos negócios para ajudar retomada econômica

Informações podem ajudar pesquisadores a entender quais negócios foram mais impactados pela pandemia e como uma retomada pode se tornar realidade.

Facebook: empresa libera dados para ajudar pesquisadores a entender situação de pequenos negócios na pandemia (Simon Dawson/Bloomberg)

Facebook: empresa libera dados para ajudar pesquisadores a entender situação de pequenos negócios na pandemia (Simon Dawson/Bloomberg)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 12h15.

O Facebook anunciou nesta quinta-feira, 10, um novo conjunto de dados que está disponibilizando para que pesquisadores e organizações não-governamentais parceiras possam estudar a retomada econômica de pequenas empresas e negócios, afetados duramente pela pandemia de covid-19. 

Os novos dados são parte da iniciativa Data for Good, um programa que a rede social mantém desde 2017 para divulgar dados e informações que possam ajudar no combate a catástrofes e desastres naturais. Com a pandemia de covid-19, o programa foi expandido e passou a atuar em conjunto com pesquisadores de universidades e outros órgãos para entender dados de mobilidade e aprimorar uma resposta à pandemia. Eles são anonimizados e coletados de maneira a evitar que seja feito algum tipo de traceamento reverso, impedindo a precisão da origem ou da fonte.

Entre as novas informaçõe estão dados de atividade econômica em pequenos negócios, para entender em tempo real quais deles fecharam, tiveram redução de atividade ou continuam funcionando durante a pandemia. Esse tipo análise geralmente demanda ida de investigadores a campo e coleta de dados via entrevistas — usando dados nas páginas dos negócios o Facebook consegue facilitar o acesso a essas informações. 

De acordo com Alex Pompe, gerente de pesquisas no Facebook, a análise é feita com base em detalhes providos pelos negócios nas páginas, posts públicos e alertas, além de modificações em horário de funcionamento, por exemplo. Dados de movimentação e ida de pessoas às lojas, e setor em que o negócio atua, definido na página do Facebook, também estão entre os analisados pelo Facebook. “Não olhamos para o conteúdo, apenas a frequência relativa comparada ao período pré-crise, os 12 meses antes de 1° de março”, disse em entrevista à EXAME.

Outro material que o Facebook está compartilhando é sobre zonas de deslocamento: o quanto pessoas cruzam fronteiras administrativas municipais e estaduais para realizar compras. Esse tipo de informação, de acordo com Pompe, é usada para fazer análises comparativas em termos de atividade econômica ante as fronteiras administrativas impostas.

Esse tipo de contorno pode ajudar a traçar planos de auxílio a pequenos negócios a nível local e até estudar o impacto da pandemia em viagens para compras e demais atividades econômicas em regiões relativamente distantes.

A ideia, de acordo com Pompe, é que agora, diante de vacinas em potencial, esses materiais ajudem pesquisadores e entidades a entenderem o momento em que estão pequenos negócios pelo mundo e possam traçar planos de retomada econômica mais efetivos.

Dados sobre deslocamento e atividade econômica estão disponíveis apenas para órgãos e pesquisadores certificados pelo Facebook.  Interessados em ter acesso a esses dados devem enviar um e-mail para diseaseprevmaps@fb.com.

A empresa também está trabalhando em conjunto com a Universidade de Maryland para aplicação de questionário sobre sintomas de covid-19 e desenvolvimento de mapas em tempo real. Na nova leva da pesquisa, a universidade vai coletar também dados de fragilidade econômica, como impacto da pandemia na renda familiar, manutenção de emprego e até redução de alimentos básicos e de subsistência.

Outra pesquisa, conduzida especificamente com donos de pequenos negócios presentes nas redes sociais, também trará informações sobre como eles têm lidado com a pandemia e como a crise sanitária tem afetado seus negócios.

É possível acessar aos dados das últimas pesquisas na página da API da Universidade de Maryland e na página de troca de dados para causas humanitárias no Facebook. A empresa mantém também uma página com detalhes e casos em que dados coletados foram utilizados.

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