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Facebook: contas falsas russas gastaram US$ 100 mil em anúncios

A rede social revelou os dados como parte da investigação interna para esclarecer o papel dos anúncios dentro da suposta ingerência da Rússia nas eleições

Facebook: "temos que permanecer vigilantes para antecipar-nos às pessoas que tentam fazer um mau uso da nossa plataforma" (Dado Ruvic/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 21h00.

Los Angeles - O Facebook informou nesta quarta-feira que 470 contas falsas "provavelmente" operadas da Rússia gastaram cerca de US$ 100 mil para divulgar anúncios políticos nesta rede social nos últimos dois anos.

A rede social revelou estes dados como parte da sua investigação interna para esclarecer o papel dos anúncios nesta plataforma dentro da suposta ingerência da Rússia nas últimas eleições americanas, vencidas pelo candidato republicano e hoje presidente, Donald Trump.

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Por meio de um comunicado divulgado hoje, o chefe de segurança do Facebook, Alex Stamos, afirmou que de junho de 2015 a maio de 2017 localizaram aproximadamente 3.000 anúncios nas páginas do Facebook que violavam suas condições de serviço.

"A nossa análise sugere que estas contas e páginas estavam filiadas entre si e provavelmente eram operadas da Rússia", assegurou.

Stamos esclareceu que a grande maioria destes anúncios não se referia especificamente às eleições americanas ou a algum dos seus candidatos, mas indicou que pareciam "focar-se em espalhar mensagens sociais e políticas divisórias" sobre temas raciais, de imigração, acesso às armas de fogo e questões sobre a comunidade LGBT.

O responsável de segurança do Facebook apontou também que compartilharam os detalhes de suas descobertas com as autoridades americanas que investigam o caso.

"Sabemos que temos que permanecer vigilantes para antecipar-nos às pessoas que tentam fazer um mau uso da nossa plataforma. Acreditamos na proteção da integridade do discurso cívico", disse Stamos.

A proliferação de notícias falsas e seu suposto impacto no resultado das eleições americanas levou o Facebook, uma das plataformas digitais mais relacionadas com este controverso fenômeno, a desenvolver e aplicar nos últimos meses novas ferramentas para filtrar as mentiras na internet.

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