Tecnologia

Facebook anuncia ofensiva contra notícias falsas na Alemanha

A empresa incorporará mecanismos para que os usuários possam marcar uma publicação como notícia falsa

Zuckerberg:"Para nós é importante que as notícias publicadas no Facebook sejam confiáveis", ressalta o Facebook (Win McNamee/Getty Images)

Zuckerberg:"Para nós é importante que as notícias publicadas no Facebook sejam confiáveis", ressalta o Facebook (Win McNamee/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2017 às 17h17.

Berlim -- A rede social Facebook anunciou neste domingo que lançará nas próximas semanas uma ofensiva na Alemanha para combater a propagação de notícias falsas.

"Para nós é importante que as notícias publicadas no Facebook sejam confiáveis", ressalta a empresa em comunicado.

O Facebook fechou um acordo com o site de jornalismo investigativo "Corretiv", que será responsável de fiscalizar as informações publicadas na rede social.

A empresa, que se diz confiante de no futuro se associar com outras organizações da imprensa, incorporará mecanismos para que os usuários possam marcar uma publicação como notícia falsa.

A tarefa do "Correctiv" será analisar as denúncias e, caso sejam idenficadas informações falsas, acrescentar um alerta sobre a "duvidosa crebilidade" do conteúdo, que, no entanto, ainda poderá ser compartilhado. Além disso, o site terá que acrescentar links, qaundo possível para um artigo correspondente com os dados corretos.

"Acreditamos que uma análise de dados independente e transparente pode ser um instrumento muito poderoso para um jornalismo responsável", afirmou o Facebook, apesar de reconhecer que ainda resta muito trabalho a ser feito sobre o assunto.

"Seguiremos trabalhando nesse desafio e introduziremos a novidade em breve em outros países", anunciou a rede social.

Em declarações ao "Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung", o presidente da Comissão Eleitoral da Alemanha, Dieter Sarreither, alerta que as notícias falsas podem ter um papel significativo no pleito que será realizado no país em setembro deste ano.

O ministro da Justiça da Alemanha, Heiko Maas, também receia a diversidade de possibilidades de manipulação nas redes durante a campanha eleitoral, citando as propagações propositais de desinformação e notícias falsas para influenciar o debate.

A própria chanceler da Alemanha, Angela Merkel, também já falou sobre o assunto. Candidata à reeleição, Merkel teme campanhas de desinformação, propaganda e ciberataques contra instituições públicas e partidos do país.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaFacebookRedes sociais

Mais de Tecnologia

ServiceNow lida com crise e saída de COO em meio a expectativas de balanço positivo

CrowdStrike dá vale-presente de US$ 10 a funcionários que resolveram apagão cibernético

CEO do Spotify confirma que assinatura "deluxe" com áudio de alta fidelidade chegará em breve

CrowdStrike: o bug em mecanismo de segurança que causou o apagão cibernético

Mais na Exame