Fabricantes querem vender publicidade nas smart TVs
As fabricantes pretendem usar as plataformas para vender publicidade a anunciantes, dividindo a receita com os produtores de conteúdo
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 17h40.
São Paulo - Em painel realizado durante a terceira edição do TV.Apps, evento realizado nesta quinta, 7, pela Converge Comunicações, as fabricantes Sony e Samsung apresentaram seus planos para lançar plataformas de publicidade em suas smart TVs . As fabricantes pretendem usar as plataformas para vender publicidade a anunciantes, dividindo a receita com os produtores de conteúdo.
Em sua apresentação, o gerente de conteúdo para smart TVs da Samsung, Marcelo Natali, citou dados de estudo realizado pela TDG Research que apontam que em 2017 a maior parte da receita obtida com conteúdo fora do broadcast tradicional em smart TVs, cerca de 70%, virá da publicidade. Além disso, o executivo citou a pesquisa Ericsson Consumer Lab, que aponta que o conteúdo gratuito com publicidade é preferência entre os usuários, ficando a frente de qualquer modalidade de venda de conteúdo.
De acordo com Natali, a plataforma começa a ser testada já em dezembro deste ano e contempla duas modalidades de anúncio: banners na página principal da interface da smart TV, direcionando para um conteúdo específico, e vídeos pre-roll executados quando o usuário acessa um aplicativo ou quando ele acessa um vídeo, no caso de estar utilizando uma app de vídeo.
“É um modelo semelhante ao do Youtube. Nós iremos vender esse espaço publicitário para o anunciante e distribuir os anúncios utilizando conteúdo relacionado ao produto, remunerando o proprietário do conteúdo, dividindo a receita. Estamos trabalhando para lançar isso e já estamos formando uma equipe para negociar a publicidade”, disse.
A plataforma da Sony oferecerá também banners em locais de destaque direcionando o usuário para um conteúdo específico. De acordo com Leonardo Castro, coordenador de desenvolvimento de novos negócios da Sony Brasil, o conteúdo interativo e de VOD permite identificar as preferências do consumidor e melhor direcionar a publicidade.
“Nós sabemos qual o interesse da pessoa, podemos reduzir a dispersão da publicidade. Também tem a questão de que é possível oferecer conteúdo adicional com a propaganda, aumentando sua relevância”, disse. Ainda segundo ele, a plataforma já está pronta e deve ser lançada em breve, apesar de não haver uma previsão oficial para o lançamento.
Provedores de conteúdo
Para os provedores de conteúdo, a entrada dos fabricantes no mercado de publicidade é vista com ressalvas.
“O radiodifusor busca o anunciante, ele tem esse modelo de negócio. A entrada dos fabricantes pode gerar uma divisão maior da receita, e isso não é bem visto no mercado. É preciso alinhar a plataforma de negócios com os radiodifusores. Se a fabricante atuar de forma ativa, trazendo anunciantes, e alinhar a divisão da receita com os radiodifusores não vejo problema”, disse Jefferson Padilha, gerente de produtos digitais do Grupo Bandeirantes.
Para Leonardo Cesar, do Esporte Interativo, é preciso avaliar em quais conteúdos o modelo de divisão de receita de publicidade poderia ser aplicado.
“Se é um conteúdo aberto, é uma coisa. Se é um conteúdo Premium, que você está investindo para levar ao cliente e cobrando por ele, aí pode ser que esse modelo não combine”, disse.
São Paulo - Em painel realizado durante a terceira edição do TV.Apps, evento realizado nesta quinta, 7, pela Converge Comunicações, as fabricantes Sony e Samsung apresentaram seus planos para lançar plataformas de publicidade em suas smart TVs . As fabricantes pretendem usar as plataformas para vender publicidade a anunciantes, dividindo a receita com os produtores de conteúdo.
Em sua apresentação, o gerente de conteúdo para smart TVs da Samsung, Marcelo Natali, citou dados de estudo realizado pela TDG Research que apontam que em 2017 a maior parte da receita obtida com conteúdo fora do broadcast tradicional em smart TVs, cerca de 70%, virá da publicidade. Além disso, o executivo citou a pesquisa Ericsson Consumer Lab, que aponta que o conteúdo gratuito com publicidade é preferência entre os usuários, ficando a frente de qualquer modalidade de venda de conteúdo.
De acordo com Natali, a plataforma começa a ser testada já em dezembro deste ano e contempla duas modalidades de anúncio: banners na página principal da interface da smart TV, direcionando para um conteúdo específico, e vídeos pre-roll executados quando o usuário acessa um aplicativo ou quando ele acessa um vídeo, no caso de estar utilizando uma app de vídeo.
“É um modelo semelhante ao do Youtube. Nós iremos vender esse espaço publicitário para o anunciante e distribuir os anúncios utilizando conteúdo relacionado ao produto, remunerando o proprietário do conteúdo, dividindo a receita. Estamos trabalhando para lançar isso e já estamos formando uma equipe para negociar a publicidade”, disse.
A plataforma da Sony oferecerá também banners em locais de destaque direcionando o usuário para um conteúdo específico. De acordo com Leonardo Castro, coordenador de desenvolvimento de novos negócios da Sony Brasil, o conteúdo interativo e de VOD permite identificar as preferências do consumidor e melhor direcionar a publicidade.
“Nós sabemos qual o interesse da pessoa, podemos reduzir a dispersão da publicidade. Também tem a questão de que é possível oferecer conteúdo adicional com a propaganda, aumentando sua relevância”, disse. Ainda segundo ele, a plataforma já está pronta e deve ser lançada em breve, apesar de não haver uma previsão oficial para o lançamento.
Provedores de conteúdo
Para os provedores de conteúdo, a entrada dos fabricantes no mercado de publicidade é vista com ressalvas.
“O radiodifusor busca o anunciante, ele tem esse modelo de negócio. A entrada dos fabricantes pode gerar uma divisão maior da receita, e isso não é bem visto no mercado. É preciso alinhar a plataforma de negócios com os radiodifusores. Se a fabricante atuar de forma ativa, trazendo anunciantes, e alinhar a divisão da receita com os radiodifusores não vejo problema”, disse Jefferson Padilha, gerente de produtos digitais do Grupo Bandeirantes.
Para Leonardo Cesar, do Esporte Interativo, é preciso avaliar em quais conteúdos o modelo de divisão de receita de publicidade poderia ser aplicado.
“Se é um conteúdo aberto, é uma coisa. Se é um conteúdo Premium, que você está investindo para levar ao cliente e cobrando por ele, aí pode ser que esse modelo não combine”, disse.