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EUA reveem regras de intervenção contra crimes cibernéticos

Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos estão revendo suas 'regras de intervenção' para enfrentar a crescente ameaça dos ataques cibernéticos, disse nesta...

general (afp.com / Karen Bleier)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos estão revendo suas "regras de intervenção" para enfrentar a crescente ameaça dos ataques cibernéticos, disse nesta quinta-feira o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Martin Dempsey.

"O Departamento da Defesa desenvolve procedimentos de emergência para guiar nossa resposta frente às ameaças cibernéticas iminentes e importantes", afirmou Dempsey, em discurso na Brookings Institution, um centro de estudos e pesquisas com sede em Washington.

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Dempsey, o oficial americano de mais alto escalão, explicou que a decisão foi tomada em resposta ao aumento dos ataques virtuais.

"Estamos atualizando nossas regras de intervenção no âmbito da cibernética, pela primeira vez em sete anos", acrescentou, ressaltando que, desde que assumiu o cargo em 2012, "as invasões nas nossas infraestruturas críticas aumentaram 17 vezes".

Nos próximos quatro anos, as Forças Armadas pretendem incorporar cerca de 4.000 especialistas de segurança cibernética e destinar pelo menos US$ 23 milhões à cibersegurança.

O general Dempsey disse que o Cybercom, o comando americano responsável pela luta contra o crime cibernético, estará agora organizado em três divisões: uma contra os ataques inimigos; outra, para dar apoio regional; e uma terceira para proteger cerca de 15 mil redes informáticas militares americanas.

Além disso, após uma ordem executiva presidencial, as Forças Armadas, que até então não tinham a responsabilidade de garantir a segurança das redes militares (".mil"), têm agora um "manual" que lhes permite colaborar com o Departamento de Segurança Nacional e o FBI, no caso de ataques às redes civis (".com", ou ".gov"), explicou Dempsey.

Em sua intervenção, Dempsey lamentou o que considerou uma falta de garantias suficientes por parte do setor privado. "Poucas empresas investiram adequadamente em segurança cibernética", lamentou.

A respeito das preocupações com os níveis de vigilância do governo sobre os cidadãos, após os vazamentos por parte do ex-analista de inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, Dempsey afirmou que é possível alcançar um equilíbrio.

"Entendo que o país esteja debatendo o fim adequado e os limites de coletar dados de inteligência em prol da segurança nacional", completou.

"Permitam-me ser claro: são duas coisas diferentes. Uma é coletar dados de inteligência para localizar terroristas estrangeiros e seus cúmplices locais. Outra é compartilhar informação sobre softwares maliciosos para proteger nossa infraestrutura crítica de um tipo de ataque diferente".

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