Tecnologia

EUA encerram inquérito sobre dados coletados pelo Google

Empresa não sofrerá punições por ter recolhido dados pessoas durante o uso do Street View; Google prometeu melhorar a privacidade de usuários

O Google também é investigado em outros países por violação da privacidade (Sean Gallup/Getty Images)

O Google também é investigado em outros países por violação da privacidade (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 17h13.

Washington - As autoridades regulatórias norte-americanas que estavam investigando os dados recolhidos pelos carros do Google Street View decidiram encerrar seu inquérito, mencionando as melhoras que a companhia de buscas havia adotado a fim de integrar proteção de privacidade dos consumidores à sua estrutura empresarial.

A Federal Trade Commission (FTC) informou em carta ao Google datada desta quarta-feira que está encerrando sua investigação, sem impor penalidades. A agência apontou que o Google havia anunciado recentemente a criação do posto de diretor de privacidade, na área de engenharia e gestão de produtos, e um programa de treinamento de pessoal para a proteção da privacidade dos usuários; a empresa também adotou uma revisão formal de privacidade como parte dos estágios iniciais de novos projetos.

O Google havia admitido na sexta-feira que os carros de seu serviço Street View, em todo o mundo, haviam inadvertidamente recolhido mais dados pessoais do que a empresa havia divulgado anteriormente, e que esses dados incluem mensagens completas de e-mail e senhas.

Mas o Google garantiu à FTC que não havia usado e não usaria os dados recolhidos em qualquer produto, afirma a carta.

"Devido a esses compromissos, estamos encerrando nosso inquérito sobre o assunto", escreveu David Vladek, diretor do serviço de proteção ao consumidor da FTC.

Vladek também pediu que o Google mantenha seu diálogo com a agência com relação à privacidade dos consumidores.

O Google não comentou de imediato.

Autoridades regulatórias do Reino Unido, Espanha, França e Itália, entre outros países, abriram investigações sobre o assunto.

O anúncio surge apenas alguns dias depois que a organização de proteção à privacidade do governo canadense informou que o Google havia coligido mensagens completas de e-mail e acusou a empresa de violar os direitos de milhares de cidadãos do país.

Às 16h47 (horário de Brasília) o preço das ações do Google caía 0,42 por cento nesta quarta-feira, para 615,87 dólares, em linha com a baixa observada no mercado.

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