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Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2010 às 11h37.
São Paulo - Uma dupla de pesquisadores desenvolveu a tese de que, se a vida alienígena existir, ela estaria tentando se comunicar conosco por meio de uma espécie de Twitter galáctico. Isso significa que a forma como nós buscamos seus sinais está errada - e que seria necessário reajustar equipamentos de detecção.
Há décadas a humanidade vem tentando encontrar evidências de vida inteligente no espaço; o Instituto SETI, na Califórnia, é um ícone e principal pesquisador da área. E é justamente desta famosa instituição que a dupla de pesquisadores vem discordando.
Astrofísico da Universidade da Califórnia Irvine, Gregory Benford, e seu irmão gêmeo James, que é físico, afirmam que os ETs estariam mais propensos a enviar mensagens curtas e direcionadas, o que significa que não adianta buscar por sinais contínuos, espalhados em todas as direções como faz o SETI.
Em dois trabalhos (aqui e aqui) publicados na edição de junho da revista Astrobiology, eles examinam a perspectiva de uma civilização enviar sinais ao espaço do ponto de vista "econômico".
Eles escrevem que, qualquer que seja a forma de vida, a evolução determina a economia de recursos - e transmitir custa caro, especialmente quando se trata de sinais enviados através de muitos anos-luz. Assumindo que uma civilização alienígena gostaria de otimizar custos e tornar sua comunicação mais eficiente, os Benfords propõem que estes sinais não seriam continuamente transmitidos em todas as direções, mas seriam pulsados, direcionados e transmitidos em uma freqüência entre um e 10 gigahertz.
Essa abordagem, segundo eles, é similar ao Twitter. Esse conceito de mensagens curtas e direcionadas, chamados de "Benford beacons" pode significar que o SETI esteja focando no tipo errado de sinais e buscando nos lugares errados. A tese sugere que a organização ajuste seus receptores para maximizar sua habilidade de detectar outras transmissões.
Ao invés de apontar suas antenas para estrelas próximas, a organização deveria apontar para o centro da Via Láctea, onde 90% das estrelas vivem em aglomerados. A maioria delas também é um bilhão de anos mais velha do que o Sol, o que sugere uma possibilidade maior de contato com uma civilização mais avançada.