Empresas oferecem a candidatos sites prontos com temas de partidos
Serviço permite que políticos criem páginas pessoais sem necessidade de conhecimento técnico e a baixo custo
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2010 às 20h33.
São Paulo - A expectativa de que a internet será um fator fundamental no resultado das eleições está abrindo cada vez mais espaço para um serviço, no mínimo, inusitado: a venda de templates de sites prontos com temas de partidos políticos. Templates são os layouts ou modelos de páginas com elementos pré-definidos, que, por um lado, não permitem muita personalização, mas, por outro, não exigem nenhum conhecimento técnico por parte de quem atualizará o site - neste caso, os próprios candidatos.
A contratação do serviço dispensa o pagamento de empresas ou programadores e designers que teriam de desenvolver todo o site a partir do zero, o que alivia o bolso principalmente daqueles que pleiteiam vagas em votações proporcionais. E o novo nicho de mercado atrai desde empresas pequenas, como o Gabinete On-line, que tem o slogan "Conecte-se ao seu eleitor", até companhias de grande porte, como o UOL.
Desde maio, o UOL Host oferece pacotes de hospedagem por R$ 16,90, com direito a domínio grátis, transferência ilimitada de arquivos, suporte completo, além da instalação da ferramenta de blogs WordPress. "Você ainda ganha a customização do site com o tema do seu partido", anuncia o página especial do UOL Host voltada para as eleições 2010. De acordo com a empresa, estão disponíveis temas de todos os 27 partidos políticos brasileiros registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Gabinete On-line, a partir de R$ 34,90, o candidato ganha o modelo do site pronto, com páginas de galeria de fotos, enquetes, vídeos, biografia, atuação parlamentar, prestação de contas, equipe de assessores, notícias e contato, entre outras. "Emitimos nota fiscal para prestação de contas", ressalta a propaganda do serviço. Outras empresas, como a U2net, oferecem serviços de templates exclusivos para dar um ganho a mais na campanha virtual do candidato.
"O internauta brasileiro amadureceu muito rapidamente, o que nos obriga a olhar mais cuidadosamente para a Internet como fator relevante na decisão final do voto. Certamente levará vantagem o candidato que souber melhor explorar esse meio", afirma o diretor do UOL Host, Vinícius Pessin. Conforme a nova lei eleitoral, a campanha na internet é permitida em site do candidato, partido ou coligação, hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet brasileiro desde que não haja divulgação mediante pagamento.
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