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Eleições dominam as redes sociais. Entenda o fenômeno

Entenda por que alguém com certeza estará falando de eleições se você acessar seu perfil no Twitter ou no Facebook neste exato momento

Eleições: jovens que têm entre 18 e 24 anos são os que mais comentam sobre o tema no Facebook (Elza Fiúza/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h41.

São Paulo - As eleições dominaram as conversas nas redes sociais por serem o assunto do momento. Essa é a explicação de executivos do Twitter e do Facebook para o fenômeno, que vem crescendo muito nos últimos meses.

"No metrô, no ônibus, o principal assunto hoje é eleição", afirmou Leonardo Stamillo, diretor de jornalismo e política do Twitter, em entrevista a EXAME.com.

A afirmação foi complementada por Camila Fusco, gerente de comunicação do Facebook, em entrevista a EXAME.com. "Como a disputa está superacirrada, isso se reflete nos comentários", disse ela.

Números

Para se ter uma ideia do volume de conteúdo gerado pelas eleições, todos os debates realizados até agora geraram (individualmente) mais tuítes do que a estreia do programa The Voice Brasil, da TV Globo. Assim como os debates, o programa foi exibido em rede nacional no último dia 18.

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No Facebook, o número de comentários, curtidas e compartilhamentos ligados a eleições entre 5 de julho (início oficial da campanha eleitoral) e 5 de outubro (dia do primeiro turno) foi maior que o registrado na última disputa eleitoral da Índia. Lá, o número de eleitores é quase seis vezes maior que o do Brasil.

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De acordo com Camila, a faixa de público que mais comenta sobre as eleições no Facebook é composta por jovens que tem entre 18 e 24 anos de idade. O Twitter não tem um levantamento nesse sentido, mas é bem provável que as pessoas que mais debatem o tema no site estejam na mesma faixa etária.

Porém, nem todo mundo está disposto a discutir política nas redes sociais.

Como evitar

No caso do Twitter, não há muito o que fazer. Para Stamillo, quem não gosta de política deve deixar de seguir os amigos que falam sobre o tema se não quiser saber do assunto.

Já o Facebook oferece três alternativas para resolver o problema. São elas: as opções "bloquear" (exibido quando você clica no botão com reticências no perfil do usuário alvo), "Não quero ver isso" e "Deixar de seguir" (ambas exibidas para o usuário quando ele clica na seta à direita de cada publicação exibida no feed de notícias).

"Bloquear é a medida mais drástica", explica Camila.

Ao optar por ela, você deixa de ser amigo do outro usuário e não consegue localizar o perfil dele nem por meio de buscas no site.

Já "Não quero ver isso" oculta a postagem em questão e treina o algortimo do Facebook para exibir menos postagens com aquele tipo de conteúdo para você.

"Deixar de seguir" faz com que você não receba mais as publicações daquele usuário no Facebook (sem deixar de ser amigo dele).

"É uma solução intermediária", afirmou Camila.

Legado

Tanto Stamillo quanto Camila entendem que as eleições de 2014 representam um ponto importante da história do Twitter e do Facebook no Brasil.

Para Stamillo, o Twitter foi um dos protagonistas dessa eleição. No seu entendimento, a importância do papel do site no cenário eleitoral vem crescendo desde as eleições de 2010.

"O Twitter se consolidou como uma plataforma de segunda tela não apenas para esporte e entretenimento, mas também para assuntos considerados sérios - como é o caso das eleições", afirmou Stamillo.

Já Camila destacou que o volume de interações registrado no Facebook pode mudar a forma como os políticos apresentam suas ideias nas próximas disputas.

"Com os recordes de interações e intenso debate sobre o tema no Facebook, as campanhas devem mudar daqui para frente", disse ela.

São Paulo - Quando o assunto é rede social , é difícil alguém bater o Facebook . Porém, muitos sites vêm apostando em nichos para crescer. Alguns deles, inclusive, aqui no Brasil. Nesta galeria, reunimos 10 exemplos de iniciativas do tipo criadas por brasileiros e que buscam seu espaço na internet .

  • 2. Bliive

    2 /12(Bliive/Facebook)

  • Veja também

    A troca de serviços como aulas de ukelele e companhia para baladas é o mote do Bliive. Presente em mais de 50 países, a rede social tem entre seus fundadores Lorrana Scarpioni - universitária curitibana que está na lista dos 10 jovens brasileiros mais inovadores publicada em abril pelo MIT.

  • 3. iCampus Social

    3 /12(Darko Kovacevic/Dreamstime.com)

  • Destacar o melhor conteúdo é a proposta do iCampus Social. No ar desde maio, o site põe em evidência os conteúdos mais aprovados pelos usuários por meio do botão "gostei". Fundadores da página, os irmãos Bruno e Rafael Araújo têm como meta tornar a rede social a mais usada do Brasil dentro de dois anos.

  • 4. Skoob

    4 /12(Getty Images)

    Feito sob medida para os amantes dos livros, o Skoob reuniu 2,5 mil usuários logo na primeira semana de funcionamento. A princípio, a rede social fundada por Lindenberg Moreira e Viviane Lordello era voltada para um grupo de amigos - mas a enorme procura fez o público-alvo do site se expandir.

  • 5. Winwe

    5 /12(Stock.XCHNG)

    Assim como no Bliive, o mote no Winwe é a troca de serviços entre os usuários. Para isso, a rede social criada por Marcelo Spinassé Nunes contabiliza jobs - espécie de créditos virtuais que funcionam como moeda na hora do internauta solicitar ou oferecer seus serviços no site.

  • 6. Teckler

    6 /12(REUTERS)

    Publicar no Teckler é uma bela forma de ganhar dinheiro. A cada post, o site paga ao usuário 70% do valor arrecadado com publicidade a partir daquele conteúdo. Não à toa, a rede social fundada por Claudio Gandelman recebia cerca de 5 milhões de visitantes por mês e já estava traduzido em 13 idiomas no fim do ano passado.

  • 7. Pergunter

    7 /12(Divulgação)

    Fazer perguntas sobre diferentes assuntos a partir de fotos e vídeos postados na rede social é a ideia de Pergunter. Criada pelos brasileiros  Emilio Veloso, Henrique Torelli e João Paulo Costa, o serviço online já funcionava na Europa quando estreou no país em novembro do ano passado.

  • 8. Fashion.me

    8 /12(Getty Images)

    Originalmente chamado de bymk, o Fashion.me é uma rede social para quem gosta de moda. Flávio Pripas e Renato Steinberg estão por trás da fundação do site. Além da interação, o Fashion.me oferece produtos e reúne mais de 1 milhão de usuários.

  • 9. Receitáculo

    9 /12(Ormuzd Alvez/Anamaria)

    O Receitáculo se define como uma rede social com foco bem específico: culinária. A ideia é que os usuários usem o site para trocar receitas entre si - que podem ser compartilhadas na forma de textos ou mesmo em vídeos. No ar desde 2008, o Receitáculo foi fundado por Maicon Sanson.

  • 10. ProprietárioDireto

    10 /12(Daniel Pinheiro/Casa)

    Focada no mercado imobiliário, a rede social ProprietárioDireto está no ar desde 2011. Criado pelo empresário Edgard Frazão, site tem como proposta aproximar pessoas interessadas em vender seus imóveis e possíveis compradores em mais de 250 cidades em todo o Brasil.

  • 11. Mirtesnet

    11 /12(Getty Images)

    O Mirtesnet chegou a ser chamado de Facebook brasileiro e ganhou alguma notoriedade no ano passado. Criado pelo publicitário brasiliense Carlos Henrique do Nascimento para que o filho Erick não se cadastrasse no Facebook original, o site homenageia em seu nome dona Mirtes - mãe do garoto e esposa de Carlos.

  • 12. Agora, saiba mais sobre o Facebook

    12 /12(AFP/Getty Images)

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