O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi eleito para substituir Michael Bloomberg na presidência do Cities Climate Leadership Group (C40), uma coalizão de 63 cidades dos cinco continentes comprometida com a mudança climática.

Paes assumirá a presidência do C40 durante a cúpula de prefeitos que será realizada em Johannesuburgo em fevereiro, informou o próprio prefeito em declarações à Agência Efe.

Apesar de o atual prefeito de Nova York deixar a presidência do grupo, Bloomberg seguirá liderando o comitê diretor da organização.

O comitê diretor, formado por cidades como Berlim, Buenos Aires, Hong Kong, Johanesburgo, Tóquio e Nova York, contará assim com a liderança de Bloomberg, que supervisionará e dará conselho nas operações, confirmaram em entrevista coletiva os dois prefeitos.

Segundo Paes e Bloomberg, mesmo com o Cities Climate Leadership Group não sendo presidido pelo prefeito nova-iorquino, a organização seguirá contando com o apoio da fundação criada por ele, a Bloomberg Philantropies.

De acordo com o próprio prefeito de Nova York, Bloomberg seguirá dando "seu próprio dinheiro" e lutando contra a mudança climática, que é um "problema mundial".

Por sua parte, Paes explicou à Efe que o C40 é "cada vez mais importante", já que o que fazem os prefeitos nas cidades é o que "verdadeiramente" impacta na vida das pessoas.

Além disso, como explicaram os dois prefeitos, o mundo é cada vez mais urbano, motivo pelo qual organizações como o C40, no qual distintas cidades se organizam para lutar contra a mudança climática, são essenciais.

Até o momento as cidades comprometidas com o C40 iniciaram mais de cinco mil ações para lutar contra o aquecimento global durante os últimos cinco anos.

Graças a estas propostas os gases do efeito estufa se reduzirão no ano 2020 um total de 248 milhões de toneladas, o que equivale às emissões de gás de Argentina e Portugal juntos.

Durante o mandato de Paes, o Rio de Janeiro ganhou o prêmio C40 & Siemens City Climate Leadership Awards na categoria de cidades sustentáveis por seus esforços em urbanizar as favelas da cidade.

Além disso, o Brasil receberá a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o que representa uma oportunidade para reduzir as emissões de gases do efeito estufa perante o grande investimento em transporte e infraestruturas, ressaltou o C40 em nota.

"Tentamos dar mais importância à capacidade que as cidades têm para enfrentar as mudanças climáticas que são cada vez mais abundantes, como o furacão 'Sandy' e as inundações no Rio de Janeiro", concluiu Paes.