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Disney+ conquistou assinantes quatro vezes mais rápido do que a Netflix

A empresa entrou no mercado há um ano e obteve o mesmo número de assinaturas que a rival levou quatro anos para conseguir

Disney+: Serviço de streaming deve crescimento meteórico em um ano de mercado (Igor Golovniov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

Lucas Agrela

Publicado em 17 de novembro de 2020 às 00h01.

Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 00h10.

O Disney+ chegou ao mercado oito anos atrasado em relação à Netflix, lançada em 2011. Mesmo assim, a empresa já tem hoje73,7 milhões de assinantes globalmente, apenas um ano após seu lançamento. De 3 de agosto para o final de outubro o salto foi significativo: 21,8%. O Disney+ conquistou assinantes quatro vezes mais rápido do que a Netflix, que apenas no quarto trimestre de 2015, quatro ano depois de sua entrada no mercado de streaming, registrou 74,7 milhões de assinaturas.

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O Disney+ busca se diferenciar no disputado mercado global de streaming com conteúdos originais de Star Wars e Vingadores, duas franquias cinematográficas de sucesso. A Disney detém direitos de séries e filmes de estúdios de grande relevância comercial, como Marvel, Lucasfilm, Fox e Pixar. A Netflix, por outro lado, buscou se tornar uma verdadeira produtora de conteúdo digital. Globalmente, a companhia tem mais de mil produções originais, enquanto o Disney+ tem cerca de 30.

Mas como o Disney+ conseguiu crescer tão rapidamente?

Um dos motivos é o conteúdo original. Em julho, o musical "Hamilton" virou febre no Disney+. Segundo dados da consultoria Antenna, ele foi o responsável por um aumento de 7,4 vezes no número de assinatuas do streaming em relação aos quatro finais de semana de junho. A consultoria Apptopia reportou também que o número de downloads do aplicativo do Disney+ subiu 74% no período entre sexta e domingo do lançamento, que se deu em 3 de julho. O musical é apontado como uma das razões para o crescimento explosivo do streaming da Disney em 2020 -- e se há uma empresa conhecida por fazer musicais, essa empresa é a Disney.

O início da pandemia também ajudou a acelerar o Disney+. No fim de semana de 20 de março, início da quarentena do novo coronavírus em muitos países, a Antenna registrou um aumento de 212% nas assinaturas do serviço, um crescimento maior do que o de todos os concorrentes no período.

O desafio do Disney+ de conquistar a assinatura do brasileiro não será dos mais fáceis. Apesar da força da marca no país e da abrangência de filmes e séries para públicos infantis e adultos, a empresa terá que lidar com a estabelecida Netflix e também competirá contra o Globoplay pelo posto de serviço de streaming mais utilizado do país. Mas em vez de ter um combate frontal, a empresa optou por uma aliança com o serviço da maior emissora de TV do país – ao menos na fase de lançamento do rival no mercado nacional.

E na guerra do preço, o Amazon Prime Video sai vencedor. Ele custa 9,90 reais no Brasil e dá acesso a um conjunto de serviços digitais, como o Prime Music, o Prime Reading e o frete grátis no comércio eletrônico da Amazon.

Agora, além do preço, chegou a hora de os serviços de streaming mostrarem ao público a qualidade de suas produções originais. Assinaturas básicas de cada um dos serviços atualmente saem por, ao menos, 135 reais por mês.

Quanto custa assinar um serviço de streaming?

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