cuba (EFE)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2014 às 16h29.
O governo cubano autorizou o acesso à internet para as novas cooperativas de serviços criadas no ano passado em meio às reformas econômicas que a ilha promove, uma possibilidade que até agora apenas algumas entidades estatais tinham.
O acesso à rede, muito restrito em Cuba, estará disponível para as cooperativas que já tenham contratos de telefonia básica com a estatal Empresa de Telecomunicações de Cuba (Etecsa), que controla o setor no país, informou hoje o diário Juventud Rebelde.
A nova legislação do Ministério de Comunicações, segundo o periódico, manterá para as cooperativas "as tarifas vigentes para os serviços contratados com entidades do setor estatal".
As cooperativas de serviços não agrárias foram autorizadas pelo governo de Raúl Castro o ano passado como parte de seus ajustes para "atualizar" o socialismo cubano, após cinco décadas nas quais a revolução só permitiu essa fórmula de gestão no setor agropecuário.
Segundo dados oficiais, atualmente existem mais de 450 cooperativas desse tipo no país, a maioria delas relacionadas com áreas como a gastronomia, transporte e construção.
Em Cuba, onde a porcentagem de conectividade é baixa, o governo dá prioridade ao acesso a internet nos pontos públicos, mas a maioria dos habitantes não pode usar a rede em suas casas nem em seus locais de trabalho.
O governo cubano culpou durante anos o bloqueio dos Estados Unidos pelas restrições de conexão com a internet, mas após a chegada em 2011 de uma conexão de fibra óptica graças a um cabo submarino da Venezuela até a ilha, objetou problemas de infraestrutura para avançar na questão dos acessos.