Cuba aplica penas de até 30 anos por intoxicação com metanol
Os altos preços das bebidas alcoólicas levam muitos cubanos a adquirir estes produtos no mercado negro
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2014 às 11h34.
Um tribunal cubano condenou a penas de até 30 anos de prisão 13 envolvidos no roubo e venda de metanol, que, há um ano, provocou a intoxicação de uma centena de pessoas, das quais 11 morreram, informou nesta quarta-feira o jornal oficial Granma.
Cerca de 60 litros de álcool metílico foram roubados em julho de 2013 do Instituto de Farmácia e Alimentos (IFAL) da Universidade de Havana por dois vigilantes. O produto do roubo foi entregue a pessoas que o venderam em um bairro da capital como se fosse rum.
Os altos preços das bebidas alcoólicas levam muitos cubanos a adquirir estes produtos no mercado negro.
Dois vigias do IFAL, Ramón Hernández Argudín e Augusto César Valdés Alonso, que roubaram o metanol que deveriam proteger, foram condenados a 30 e 27 anos de prisão, respectivamente, sob acusações de roubo, homicídio por imprudência e lesões graves, disse o Granma.
Os dois também deverão indenizar as vítimas e reparar os danos materiais causados ao IFAL, acrescentou o jornal.
Um terceiro vigia com participação menor, Abelardo Santos Rivero, foi condenado a seis anos de prisão.
Outras 10 pessoas foram condenadas a penas de entre seis meses e cinco anos de prisão por receptação de mercadorias roubadas e acobertamento, por ter revendido o álcool metílico.
O reitor do IFAL foi demitido do sistema universitário, enquanto outros três funcionários foram afastados de suas funções por "descontrole evidente e pelo descumprimento das funções inerentes ao seus cargos", indicou o Granma.
Entre 29 de julho e 2 de agosto de 2013, 99 pessoas ficaram intoxicadas pelo consumo de álcool metílico, que havia sido adquirido no mercado negro.