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SP suspende contratos da PM com fornecedores de tecnologia

Entre as compras anuladas estão a aquisição de antenas repetidoras de rádio e um pacote de 36 softwares de inteligência

Tablets usados pela polícia em SP estão no centro das queixas (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 16h41.

São Paulo - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, determinou a suspensão de todas as compras feitas pela Polícia Militar na área de tecnologia da informação feitas desde o último mês de dezembro.

Entre as compras anuladas estão a aquisição de antenas repetidoras de rádio e um pacote de 36 softwares de inteligência. O valor das compras canceladas é de quase 300 milhões de reais.

A decisão foi tomada há cerca de 30 dias, após o secretário ter recebido um relatório enviado pelo deputado Major Olímpio Gomes (PDT). Segundo o relatório, as licitações que permitiram a compra de antenas e tablets foram direcionadas para determinar seus vencedores, limitando a livre competição.

Apesar do relatório citar as compras de antenas e tablets, apenas o contrato que regula as compras das antenas foi suspenso.

Entenda o caso

Em março do ano passado, a Polícia Militar anunciou a compra de 11 750 mil tablets, fornecidos pela empresa mineira MXT, para serem distribuídos entre a PM, o Corpo de Bombeiro e a Polícia Ambiental.

O tablet i-MXT é equipado com tela LCD de sete polegadas, processador de 800 MHz, memória flash de 512 MB, Android 2.2, Wi-Fi, GPS, câmera frontal e traseira. O custo de cada aparelho foi de 2 100 reais, na capital, e de 2 200 reais para as unidades enviadas às cidades do interior. O valor total do contrato foi de 25 milhões de reais. O acordo foi assinado antes da homologação dos aparelhos pela Anatel.

3G não funciona - Porém, de acordo com o relatório do deputado Olímpio Gomes, os tablets apresentam problema de desempenho e falham na maior parte das tentativas de acessar dados via rede 3G.


De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, os aparelhos são capazes de navegar apenas por meio da rede GSM da Vivo, falhando em outras redes. Anualmente, o contrato com a Vivo custa cerca de 4,2 milhões de reais por ano aos cofres públicos.

Para compensar as falhas de tráfego de dados no 3G, a PM testou, em fevereiro deste ano, uma rede 4G implantada pela multinacional Alcatel-Lucent exclusivamente para a PM. Os testes foram feitos em caráter experimental na frequência de 700 MHz, utilizada por canais de TV digital.

A Anatel pretende destinar a frequência de 2,5 GHz para a implantação do 4G no Brasil, o que permitiria à polícia ter uma faixa para usar seu 4G de modo definitivo e não apenas num piloto de testes em uma frequência “emprestada”.

Nesta quinta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as falhas na conexão 3G dos tablets são pontuais e refletem as deficiências deste tipo de conexão que qualquer usuário enfrenta ao usar redes móveis no Brasil.

Alckmin disse que eventuais irregularidades nos contratos da polícia serão investigadas.

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São Paulo - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, determinou a suspensão de todas as compras feitas pela Polícia Militar na área de tecnologia da informação feitas desde o último mês de dezembro.

Entre as compras anuladas estão a aquisição de antenas repetidoras de rádio e um pacote de 36 softwares de inteligência. O valor das compras canceladas é de quase 300 milhões de reais.

A decisão foi tomada há cerca de 30 dias, após o secretário ter recebido um relatório enviado pelo deputado Major Olímpio Gomes (PDT). Segundo o relatório, as licitações que permitiram a compra de antenas e tablets foram direcionadas para determinar seus vencedores, limitando a livre competição.

Apesar do relatório citar as compras de antenas e tablets, apenas o contrato que regula as compras das antenas foi suspenso.

Entenda o caso

Em março do ano passado, a Polícia Militar anunciou a compra de 11 750 mil tablets, fornecidos pela empresa mineira MXT, para serem distribuídos entre a PM, o Corpo de Bombeiro e a Polícia Ambiental.

O tablet i-MXT é equipado com tela LCD de sete polegadas, processador de 800 MHz, memória flash de 512 MB, Android 2.2, Wi-Fi, GPS, câmera frontal e traseira. O custo de cada aparelho foi de 2 100 reais, na capital, e de 2 200 reais para as unidades enviadas às cidades do interior. O valor total do contrato foi de 25 milhões de reais. O acordo foi assinado antes da homologação dos aparelhos pela Anatel.

3G não funciona - Porém, de acordo com o relatório do deputado Olímpio Gomes, os tablets apresentam problema de desempenho e falham na maior parte das tentativas de acessar dados via rede 3G.


De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, os aparelhos são capazes de navegar apenas por meio da rede GSM da Vivo, falhando em outras redes. Anualmente, o contrato com a Vivo custa cerca de 4,2 milhões de reais por ano aos cofres públicos.

Para compensar as falhas de tráfego de dados no 3G, a PM testou, em fevereiro deste ano, uma rede 4G implantada pela multinacional Alcatel-Lucent exclusivamente para a PM. Os testes foram feitos em caráter experimental na frequência de 700 MHz, utilizada por canais de TV digital.

A Anatel pretende destinar a frequência de 2,5 GHz para a implantação do 4G no Brasil, o que permitiria à polícia ter uma faixa para usar seu 4G de modo definitivo e não apenas num piloto de testes em uma frequência “emprestada”.

Nesta quinta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as falhas na conexão 3G dos tablets são pontuais e refletem as deficiências deste tipo de conexão que qualquer usuário enfrenta ao usar redes móveis no Brasil.

Alckmin disse que eventuais irregularidades nos contratos da polícia serão investigadas.

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