Ciclovias aéreas nas grandes cidades — sonho ou solução?
Um time de arquitetos britânicos quer tirar do papel o projeto Skycycle, uma via suspensa que funciona como um “Fura Fila” exclusivo para magrelas em Londres
Vanessa Barbosa
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 11h03.
São Paulo – A falta de espaço nas grandes cidades para construção de vias exclusivas de bicicletas é uma das desculpas mais comuns dadas pelos governantes para justificar a letargia na promoção desse meio de transporte sustentável. Mas um grupo de arquitetos britânicos desenvolveu um projeto que promete mandar para escanteio esse discurso.
Sem carros, sem ônibus, longe de congestionamentos e de todo e qualquer estresse que envolve os deslocamentos diários nos grandes centros urbanos. Garantir tudo isso é a sina do Skycycle, uma via elevada que se assemelha à linha expressa paulistana de ônibus “Fura Fila” – exceto por ser exclusiva para adeptos das magrelas.
Nós escrevemos sobre o Skycycle pela primeira vez em 2012, mas agora os designers por trás do plano – os estúdios Arquitetura Exterior, Foster + Partners, e Sintaxe Espacial – divulgaram novos detalhes.
A rede Skycycle seguiria os serviços ferroviários existentes na cidade e ofereceria mais de 220 quilômetros de vias segregadas seguras, fáceis de serem acessadas em mais de 200 pontos de entrada.
Segundo os arquitetos, quase seis milhões de pessoas vivem na área de influência da rede proposta, metade das quais vivem e trabalham a cerca de 10 minutos a pé de cada entrada.
Cada rota seria capaz de acomodar até 12 mil ciclistas por hora, melhorando o tempo de viagem em até 29 minutos.
O sistema de transporte de Londres já está em sua capacidade máxima e enfrenta o desafio de expandir para dar conta do ritmo de crescimento populacional, que será da ordem de 10% na próxima década.
A prefeitura da cidade se comprometeu a investir no transporte, e o atendimento às necessidades dos pedestres e ciclistas faz parte do plano.
“Não obstante os benefícios ambientais e de saúde proporcionados pelo ciclismo, a bicicleta é uma forma de uso mais eficiente do espaço limitado de Londres”, dizem os arquitetos na página oficial do projeto. “A abordagem Skycycle é revolucionária, e tem aplicações potenciais em cidades ao redor do mundo”, complementam.
Durante a última década, o ciclismo cresceu 70 por cento em Londres. No entanto, a bicicleta é o meio usado em apenas 2% de todas as viagens, mas é responsável por 20 por cento das mortes e acidentes graves nas estradas. Com o Skycycle, é possível reforçar um fator chave para estimular o ciclismo, a segurança.
Os primeiros estudos para implantação do sistema indicam que o Skycycle teria um custo muito menor do que a construção de novas estradas e túneis para o transporte rodoviário, de acordo com os estúdios.
Além disso, segundo os arquitetos, a via suspensa ajudaria a valorizar áreas de pouco apelo imobiliário, proporcionando oportunidades de desenvolvimento para empresas ao longo do percurso.
A equipe de arquitetos diz que vai continuar a desenvolver os cenários potenciais. O projeto já foi apresentado para o GLA , TfL e Network Rail, empresa que administra o metrô londrino, bem como para desenvolvedores e especailistas no assunto.
São Paulo – A falta de espaço nas grandes cidades para construção de vias exclusivas de bicicletas é uma das desculpas mais comuns dadas pelos governantes para justificar a letargia na promoção desse meio de transporte sustentável. Mas um grupo de arquitetos britânicos desenvolveu um projeto que promete mandar para escanteio esse discurso.
Sem carros, sem ônibus, longe de congestionamentos e de todo e qualquer estresse que envolve os deslocamentos diários nos grandes centros urbanos. Garantir tudo isso é a sina do Skycycle, uma via elevada que se assemelha à linha expressa paulistana de ônibus “Fura Fila” – exceto por ser exclusiva para adeptos das magrelas.
Nós escrevemos sobre o Skycycle pela primeira vez em 2012, mas agora os designers por trás do plano – os estúdios Arquitetura Exterior, Foster + Partners, e Sintaxe Espacial – divulgaram novos detalhes.
A rede Skycycle seguiria os serviços ferroviários existentes na cidade e ofereceria mais de 220 quilômetros de vias segregadas seguras, fáceis de serem acessadas em mais de 200 pontos de entrada.
Segundo os arquitetos, quase seis milhões de pessoas vivem na área de influência da rede proposta, metade das quais vivem e trabalham a cerca de 10 minutos a pé de cada entrada.
Cada rota seria capaz de acomodar até 12 mil ciclistas por hora, melhorando o tempo de viagem em até 29 minutos.
O sistema de transporte de Londres já está em sua capacidade máxima e enfrenta o desafio de expandir para dar conta do ritmo de crescimento populacional, que será da ordem de 10% na próxima década.
A prefeitura da cidade se comprometeu a investir no transporte, e o atendimento às necessidades dos pedestres e ciclistas faz parte do plano.
“Não obstante os benefícios ambientais e de saúde proporcionados pelo ciclismo, a bicicleta é uma forma de uso mais eficiente do espaço limitado de Londres”, dizem os arquitetos na página oficial do projeto. “A abordagem Skycycle é revolucionária, e tem aplicações potenciais em cidades ao redor do mundo”, complementam.
Durante a última década, o ciclismo cresceu 70 por cento em Londres. No entanto, a bicicleta é o meio usado em apenas 2% de todas as viagens, mas é responsável por 20 por cento das mortes e acidentes graves nas estradas. Com o Skycycle, é possível reforçar um fator chave para estimular o ciclismo, a segurança.
Os primeiros estudos para implantação do sistema indicam que o Skycycle teria um custo muito menor do que a construção de novas estradas e túneis para o transporte rodoviário, de acordo com os estúdios.
Além disso, segundo os arquitetos, a via suspensa ajudaria a valorizar áreas de pouco apelo imobiliário, proporcionando oportunidades de desenvolvimento para empresas ao longo do percurso.
A equipe de arquitetos diz que vai continuar a desenvolver os cenários potenciais. O projeto já foi apresentado para o GLA , TfL e Network Rail, empresa que administra o metrô londrino, bem como para desenvolvedores e especailistas no assunto.