Celulares não ajudaram mais pobres, diz Bill Gates
Segundo Gates, há dez anos houve grande expectativa em torno dos benefícios que a disseminação de celulares causaria em países da África
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 14h42.
São Paulo - O fundador da Microsoft e da fundação Bill e Melinda Gates, Bill Gates , publicou um artigo, esta semana, afirmando que os celulares, smartphones e aplicativos não ajudaram a melhorar a vida das pessoas mais pobres no mundo conforme ele mesmo esperava.
Segundo Gates, há dez anos houve grande expectativa em torno dos benefícios que a disseminação de celulares causaria em países da África. Em tese, explica Gates, os celulares ajudariam as populações mais pobres a ter acesso móvel a serviços indisponíveis em suas vilas e aldeias, como contas em bancos, informações sobre cuidados com a saúde e educação.
Na avaliação de Gates, as experiências bem sucedidas com o uso de celulares são, em geral, pontuais e não melhoraram a vida de muitas pessoas. Na África, explica, celulares são baratos, mas usar a rede móvel pode ter custo elevado e, muitas vezes, os bancos e escolas não se interessam em criar serviços móveis para o público mais pobre.
Em um exemplo que Gates considera bem-sucedido, ele descreve a experiência coordenada, em Gana, entre o Ministério da Saúde e operadoras móveis. Por meio do programa, mulheres gestantes recebem celulares e, via SMS, são orientadas sobre boas práticas para o pré-natal.
Também por SMS, as gestantes tiram dúvidas com obstetras e prestam informações como peso, idade e condições gerais de saúde. Além de diminuir a mortalidade infantil, a iniciativa permitiu ao Ministério ter uma visão mais completa e fiel da saúde das mulheres no interior do país, explica.
Segundo Gates, este exemplo poderia ser replicado para programas de combate à AIDS, malária e tuberculose no continente negro. O fundador da Microsoft explica que uma iniciativa simples como essa enfrenta muitos obstáculos, como o custo das redes móveis, a adesão ao tratamento por parte do paciente, a eficiência das autoridades de saúde e até mesmo a simplificação da interface de apps para celulares.
Apesar das críticas, Gates afirma que, após uma década de dificuldades, é provável que, finalmente, os celulares comecem a ajudar a melhorar a vida das pessoas mais pobres. O artigo de Gates foi publicado na revista do projeto Syndicate, nos Estados Unidos.
São Paulo - O fundador da Microsoft e da fundação Bill e Melinda Gates, Bill Gates , publicou um artigo, esta semana, afirmando que os celulares, smartphones e aplicativos não ajudaram a melhorar a vida das pessoas mais pobres no mundo conforme ele mesmo esperava.
Segundo Gates, há dez anos houve grande expectativa em torno dos benefícios que a disseminação de celulares causaria em países da África. Em tese, explica Gates, os celulares ajudariam as populações mais pobres a ter acesso móvel a serviços indisponíveis em suas vilas e aldeias, como contas em bancos, informações sobre cuidados com a saúde e educação.
Na avaliação de Gates, as experiências bem sucedidas com o uso de celulares são, em geral, pontuais e não melhoraram a vida de muitas pessoas. Na África, explica, celulares são baratos, mas usar a rede móvel pode ter custo elevado e, muitas vezes, os bancos e escolas não se interessam em criar serviços móveis para o público mais pobre.
Em um exemplo que Gates considera bem-sucedido, ele descreve a experiência coordenada, em Gana, entre o Ministério da Saúde e operadoras móveis. Por meio do programa, mulheres gestantes recebem celulares e, via SMS, são orientadas sobre boas práticas para o pré-natal.
Também por SMS, as gestantes tiram dúvidas com obstetras e prestam informações como peso, idade e condições gerais de saúde. Além de diminuir a mortalidade infantil, a iniciativa permitiu ao Ministério ter uma visão mais completa e fiel da saúde das mulheres no interior do país, explica.
Segundo Gates, este exemplo poderia ser replicado para programas de combate à AIDS, malária e tuberculose no continente negro. O fundador da Microsoft explica que uma iniciativa simples como essa enfrenta muitos obstáculos, como o custo das redes móveis, a adesão ao tratamento por parte do paciente, a eficiência das autoridades de saúde e até mesmo a simplificação da interface de apps para celulares.
Apesar das críticas, Gates afirma que, após uma década de dificuldades, é provável que, finalmente, os celulares comecem a ajudar a melhorar a vida das pessoas mais pobres. O artigo de Gates foi publicado na revista do projeto Syndicate, nos Estados Unidos.