Tecnologia

Bons exemplos na gestão dos resíduos surgem no País

Segundo Política Nacional de Resíduos Sólidos, deve ir para aterros sanitários apenas os resíduos que não puderam ser aproveitados

Reciclagem (E-magic/Flickr)

Reciclagem (E-magic/Flickr)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 12h33.

Mais do que pôr fim aos lixões, a Política Nacional de Resíduos Sólidos preconiza o estabelecimento de todo um sistema de gestão integrado, de modo que seja reaproveitado o máximo possível dos resíduos e somente um mínimo, o chamado rejeito, realmente seja destinado aos aterros sanitários. A esse nível mais complexo ainda não é possível dizer que alguma cidade do Brasil já tenha chegado, mas algumas estão no caminho, na avaliação de especialistas em resíduos.

É o caso de São Bernardo do Campo, que no ano passado recebeu o prêmio Eco Cidade, concedido pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Públicas e Resíduos Especiais (Abrelpe), por adotar um sistema de gestão integrado.

São Bernardo assinou em meados de 2012 parceria público-privada que tem como objetivo aumentar a coleta seletiva e a reciclagem, recuperar a área degradada pelo antigo lixão do Alvarenga (fechado em 2000) e implementar um sistema de destinação dos resíduos com recuperação energética - ou seja, a incineração de resíduos úmidos com geração de energia.

De acordo com Tarcisio Secoli, secretário de Serviços Urbanos, desde que a PPP entrou em vigor a coleta seletiva passou de 0,81% para 1,9%. O objetivo é que suba para 10% até 2016. O restante deve passar por uma nova triagem ao chegar à usina de incineração (que ainda aguarda licença ambiental para começar a ser construída). A expectativa é que, no mínimo, mais 8% sejam retirados ali para reciclagem e compostagem.

"A lógica é a da cidade limpa. Não vamos pagar pelo volume que for executado pela empresa, mas pelo resultado. Isso vai incentivar a própria empresa a investir na reciclagem e na educação. Se menos lixo sobrar para ser enviado para o aterro, menos ela vai gastar", diz Secoli.

Segundo ele, quando a usina estiver funcionando, será possível gerar energia para usar em todos os órgãos municipais (prédios públicos, escolas, hospitais) e em praças e avenidas.

Itu

Outra cidade citada como bom exemplo é Itu, no interior de São Paulo, que implementou, também por meio de uma PPP, a coleta com contêineres em toda a cidade. Em vez de a prefeitura fazer a coleta porta a porta, o morador leva seus resíduos separados entre úmidos e recicláveis para os contêineres.

"Isso tem um efeito educativo muito bom, porque em vez de simplesmente deixar o lixo na porta e ele ‘sumir magicamente’, o morador se torna mais consciente sobre o que está produzindo e tende a diminuir sua quantidade de resíduos", afirma Carlos Silva Filho, diretor da Abrelpe.

De acordo com o prefeito Antonio Luiz Carvalho Gomes, 60% da área urbana já está coberta por 3.700 contêineres. "E 70% das residências já separam o reciclável, o que dá 10% dos resíduos", diz. A meta é chegar a 20% até 2020.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:INFOLixoMeio ambienteReciclagem

Mais de Tecnologia

Irã suspende bloqueio ao WhatsApp após 2 anos de restrições

Qualcomm vence disputa judicial contra Arm e poderá usar licenciamentos da Nuvia

China constrói 1.200 fábricas inteligentes avançadas e instala mais de 4 milhões de estações base 5G

Lilium, de aviões elétricos, encerra operações após falência e demissão de 1.000 funcionários