Boa Vista adquire Konduto, especializada em combate a fraudes, por R$ 172 milhões
Com ferramentas antifraude para e-commerce, Konduto analisou mais de 35 bilhões de reais em compras no ano passado.
Thiago Lavado
Publicado em 11 de março de 2021 às 18h33.
Última atualização em 11 de março de 2021 às 21h00.
A Konduto, empresa especializada em risco e monitoramento de fraudes online, foi adquirida pela Boa Vista SCPC , de escoragem de crédito, divulgaram as empresas nesta quinta-feira, 11.
O negócio de 172 milhões de reais prevê a aquisição de todo o capital social da Konduto pela Boa Vista. É a segunda aquisição da empresa em três meses. Em dezembro, houve acompra daAcordo Certo, plataforma de renegociação de dívidas. O negócio foi fechado pelo valor inicial de 37 milhões de reais.
A Konduto desenvolve soluções para que e-commerces, meios de pagamento, possam ter mais inteligência na análise de transações, com acesso a softwares e produtos antifraude. Fundada em 2014, a empresa atende mais de 27.000 lojistas no Brasil e América Latina. No ano passado, a Konduto processou mais de 35 bilhões de reais em compras online no Brasil e evitou 1,3 bilhão de reais em fraude.
"O comércio eletrônico se consolidou como uma realidade ao longo do último ano e os serviços antifraudes ganharam ainda mais relevância”, diz, Tom Canabarro, CEO e cofundador da Konduto, em nota.
A aquisição amplia os serviços da Boa Vista, em especial os mecanismos de prevenção a fraude. Ementrevista à EXAME Invest no final do ano passado, Dirceu Gardel Filho, presidente da Boa Vista, afirmou que mais de 90% do plano de crescimento da empresa está ligado à complementação de portfólio de produtos e serviços.
"Com a aquisição da Konduto passamos a oferecer ao mercado soluções em antifraudes com o que há de mais moderno em machine learning e monitoramento de comportamento de navegação", afirmou Gardel Filho em nota.
A aquisição será submetida à aprovação das autoridades concorrenciais, junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Correção: uma versão inicial do título deste texto apontava que o negócio era de 127 milhões de reais. O valor correto é 172 milhões de reais. O erro foi corrigido às 18h56 de quinta-feira, 11 de março.