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Banda larga será tão essencial quanto esgoto na próxima década

Análise é do vice-presidente comercial da Ericsson, empresa responsável pela maior parte da infraestrutura 3G do Brasil

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2010 às 18h43.

São Paulo - A cobertura de banda larga chegará a cada canto do Brasil e se tornará uma necessidade tão básica quanto rede de esgoto ou energia elétrica. Trabalhos de empresas inteiras poderão ser desenvolvidos online e em dispositivos móveis, sem qualquer necessidade de armazenamento de dados local. Com a abrangência dessas novas formas de comunicação, o mercado passará a ver o público de forma hiper-segmentada, não mais de acordo com localidade ou classe social, mas com base em estilo de vida. Sem conectividade móvel, as empresas não funcionarão.

Tudo isso será nossa realidade até 2020, e boa parte desse cenário já começa a se estabelecer, na análise de André Machado, vice-presidente comercial da Ericsson. "Hoje, qualquer empresa que vá se aventurar em uma localidade desconhecida, precisa saber se há infraestrutura de banda larga suficiente para sua atuação", disse Machado em palestra realizada no Inovacomm Mobile Corporate, em São Paulo.

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Segundo ele, com a popularização da banda larga, em breve as pessoas deixarão de assinar um serviço de internet porque tem um computador em casa. A lógica passará a ser a contrária e os consumidores passarão a procurar o melhor dispositivo porque a internet estará disponível em qualquer lugar.

A aposta do mercado corporativo é em tecnologias de banda larga móvel, como as redes 3G e 4G. Prova disso são as inovações projetadas pela empresa americana de telecomunicações Qualcomm, como chips introduzidos no organismo de pacientes, que enviam sinais para o médico para indicar níveis de substâncias ou o controle de medicamentos. A novidade foi apresentada por Francisco Giacomini Soares, diretor sênior de relações governamentais da companhia.

No universo empresarial, as companhias já se valem da conexão móvel em substituição aos cabos. Segundo o gerente de soluções corporativas da Vivo, Alex Almeida, já existem câmeras de monitoramento que enviam imagens em tempo real e 24 horas por dia por 3G e até terminais de autoatendimento bancário que funcionam apenas com a rede móvel.

De acordo com o estudo Barômetro Cisco, divulgado na quinta-feira, o Brasil já tem 15 milhões de usuários de banda larga, dos quais 3,5 milhões são assinantes do serviço móvel por celular ou modem 3G. A Ericsson, responsável pela maior parte da infraestrutura da rede de banda larga 3G do Brasil, prevê que até 2014 a quantidade de acesso via banda larga móvel ultrapassará o número de acessos pelo serviço fixo.

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