Bancarização avança e chega a 89% da população, diz idwall
Em 2023, o Brasil alcançou um número recorde de contas bancárias ativas, ultrapassando 1,2 bilhão
Repórter
Publicado em 12 de março de 2024 às 12h06.
Última atualização em 19 de março de 2024 às 09h46.
O estudo recente divulgado pelo Ranking idwall de Experiência Digital, em parceria com a consultoria Cadarn, destaca um marco na inclusão financeira do país. Em 2023, o Brasil alcançou um número recorde de contas bancárias ativas, ultrapassando 1,2 bilhão. Esse aumento, que representa cerca de 14,2% em comparação ao ano anterior, sinaliza que 89,8% da população brasileira mantém algum tipo de vínculo bancário.
A pesquisa indica que o número médio de contas por pessoa subiu de 3,5 em 2020 para seis em 2023. Contudo, esse crescimento vem mostrando sinais de desaceleração, com o incremento médio de contas por pessoa reduzindo de 1,1 entre 2021 e 2022 para apenas 0,6 de 2022 para 2023.
As faixas etárias exercem influência direta nos hábitos bancários. Indivíduos entre 25 e 34 anos possuem 14,3% mais contas em comparação à média, enquanto que os acima de 55 anos detêm 19,3% menos. Jovens de 18 a 24 anos, iniciando sua jornada econômica, também apresentam menor número de contas, 3,4% abaixo da média.
O estudo ressalta a preferência pelos bancos digitais, que foram responsáveis por 62% das novas contas abertas em 2023. A distribuição de contas por categoria mudou consideravelmente, com a parcela de usuários exclusivamente ligados a bancos digitais aumentando de 13,5% em 2022 para 27,6% em 2023. Apesar da maioria ainda optar por manter contas em ambas as modalidades, essa proporção caiu de 72,8% em 2022 para 54% em 2023.
Quando questionados sobre o uso de soluções digitais, 88,7% dos entrevistados expressaram intenção de manter ou aumentar essa prática. No entanto, para resoluções de problemas, 68,7% ainda preferem o contato humano ao atendimento automatizado.
Segurança em foco
A percepção de segurança é um aspecto destacado, com 91% dos usuários considerando o nível de proteção de seus bancos como adequado. Contudo, usuários de bancos digitais relataram maior incidência de procedimentos de segurança considerados excessivos, enquanto clientes de bancos tradicionais apontaram mais frequentemente a insuficiência dessas medidas.
A análise da jornada do cliente nas plataformas digitais bancárias também fez parte do estudo. Processos como encerramento de conta e cadastro de novos usuários foram avaliados, destacando a eficiência e as barreiras de segurança, como a biometria facial, presentes nessas operações.
No entanto, quando o assunto é atendimento, 68,7% preferem falar com outro ser humano na hora de resolver seus problemas. O suporte automático no estilo chatbot foi a resposta de 26,9% dos entrevistados, e outros 4,4% mencionaram FAQs, tutoriais e buscas independentes.