Balanço da Salesforce: receita recorde, mas lucro sob pressão
Em 2020, a empresa acumulou alta nas receitas de 24%, dado o avanço da digitalização de seus clientes. No entanto, para o fim deste ano, a companhia tem alguns desafios
André Lopes
Publicado em 30 de novembro de 2021 às 06h01.
Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 08h27.
A Salesforce , líder global em software corporativo, apresenta hoje, 30, o resultado fiscal relativo ao terceiro trimestre de 2021 e deve mostrar, ao menos no lucro, sinais de enfraquecimento da fase em que surfou em uma alta demanda por serviços de digitalização e computação em nuvem.
Espera-se que a receita mantenha o crescimento e atinja o marco de 6,8 bilhões dólares, ante5,42 bilhões de dólares do ano anterior—nos últimos dois trimestres, a empresa superou todas as estimativas.
Contudo, a lucratividade deve ficar sob pressão, uma vez que a empresa terá de pôr os valores em comparativo com o momento recorde de 2020. Também, entra na conta os custos de fusões e aquisições feitas este ano.
Há compras bem vistas. Uma delas é a MuleSoft, de integração entre aplicativos, que foi lassada por 6,5 bilhões de dólares, e o sistema de visualização de dados Tableau, por 15,3 bilhões de dólares.
E outras que ainda precisam mostrar ao que vieram, como a compra do mensageiro Slack, a maior aquisição que já fez e pela qual desembolsou 27,7 bilhões de dólares.
Espera-se que a companhia relate um lucro de 0,28 dólares por ação, o que representa um declínio de 80%. O valor contabilizado no lucro por ação do mesmo período de 2020 foi de 1,74 dólares.
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