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Baía nos EUA abrigaria água do mar de 100 a 145 milhões de anos

Baía de Chesapeake abriga em suas entranhas água do mar de 100 a 145 milhões de anos, revela estudo

baia (©afp.com / Jim Watson)

baia (©afp.com / Jim Watson)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 06h59.

A grande cratera da baía de Chesapeake, na costa leste do continente norte-americano, formada por um asteroide ou um cometa, provavelmente abriga em suas entranhas água do mar de 100 a 145 milhões de anos, revelou um estudo publicado esta quarta-feira (13) na revista britânica Nature.

A cratera foi originada há cerca de 35 milhões de anos pela explosão de um bólido de cerca de 3 km de diâmetro que caiu do céu. Descoberta apenas nos anos 1990, ela tem 85 km de diâmetro e se encontra entre 300 e 500 metros no fundo da baía de Chesapeake, que deságua no oceano Atlântico e onde desembocam mais de 150 rios, entre eles o Potomac.

Perfurações profundas permitiram descobrir brechas contendo água do mar particularmente salgada. As análises apresentadas na revista Nature pela equipe de de Ward Sanford (Sociedade Americana de Geologia, em Reston, Estados Unidos) ressaltaram uma taxa de salinidade média de 70 por mil, o dobro do nível de salinidade dos oceanos atuais.

Muitas hipóteses haviam surgido anteriormente para explicar esta forte salinidade, encontrada nas profundezas em outros locais da planície costeira do Atlântico: osmose, evaporação causada pelo calor associado ao impacto do meteorito, etc.

A equipe de Ward Sanford propôs, por sua vez, outra explicação. Segundo os resultados destas análises, a água subterrânea da cratera de Chesapeake na verdade seria um vestígio da água marinha da América do Norte no Cretáceo inferior. "Nós descobrimos que a água do mar provavelmente tem de 100 a 145 milhões de anos", afirmaram os pesquisadores.

A água teria ficado presa em sedimentos antes do impacto do meteorito e, mantida intacta depois.

O período Cretáceo viu a transformação progressiva do Atlântico Norte de uma bacia fechada a um oceano aberto para o sul, com a separação do continente africano da América do Sul. A salinidade também teria diminuído lentamente para se aproximar de valores próximos aos modernos no início do Cretáceo superior, há cem milhões de anos atrás, em média.

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