As inovações, fracassos e origens de Bill Gates em 30 fotos
São Paulo - Bilionário ajudou a criar o mundo em que vivemos, ao fundar a Microsoft
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2013 às 15h23.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 17h06.
Bill Gates, sem dúvida, é um dos pioneiros que lançaram as bases do mundo em que vivemos. Numa época em que os computadores eram geringonças que ocupavam uma sala inteira, Gates e seu amigo Paul Allen apostaram em computadores pessoais. A Microsoft, empresa que fundaram, até hoje é uma das maiores do mundo. Ela ajudou a colocar a informática dentro de casa, a ponto de, hoje, não conseguirmos imaginar a vida sem ela. Veja como Gates conseguiu.
Este aparelho que mais parece um rádio-relógio velho foi um dos primeiros computadores pessoais do mundo o Altair 8800, criado por Ed Roberts em 1975, um dos fundadores da MITS. O computador caiu nas graças dos aficionados por eletrônica. Bill Gates, então com 19 anos, e seu amigo Paul Allen, desenvolveram a primeira linguagem de programação para o aparelho o Altair BASIC, baseado em cartões perfurados. O programa passou a ser vendido junto com o computador e marcou o início da Microsoft.
Esta foto, de 1978, já é um clássico no mundo dos negócios e das empresas de tecnologia. Ela mostra o time original da Microsoft, com um quase adolescente Bill Gates no canto inferior esquerdo, e Paul Allen, acima, à direita.
Eis o primeiro cartão de visita de William H. Gates. O rapaz franzino que o estendia se tornaria, anos mais tarde, apenas Bill Gates o segundo homem mais rico do mundo, dono de uma gigante mundial e filantropo. O logotipo original da Microsoft lembrava as letras curvilíneas comuns em capas de disco e revistas dos anos 70.
O endereço estampado no primeiro cartão de Bill Gates, o número 819 da Two Park Central Tower, é este edifício em Albuquerque, no Novo México. A sede da Microsoft permaneceu neste local entre setembro de 1976 e dezembro de 1978.
Nascido em outubro de 1955, Bill Gates tinha cerca de 30 anos, quando esta foto foi batida, no outono de 1980. Sua expressão compenetrada mostra o tanto de assuntos que já o ocupavam. Naquele ano, por exemplo, a Microsoft lnaçou sua própria versão do sistema operacional Unix, o Xenix.
Com o desenvolvimento de linguagens mais sofisticadas, a computação pessoal começou a ganhar corpo nos Estados Unidos no final dos anos 70 e início dos 80. Por essa época, diversos aparelhos disputavam a preferência dos consumidores, como o Apple II, Commodore PET 2001 Series e o Radio Shack TRS-80. O que tinham em comum? Todos rodavam com programas da Microsoft.
Bill Gates e Paul Allen, em uma foto também clássica da história da Microsoft e, por tabela, das empresas de tecnologia. Ela foi batida em 1981, quando a empresa estava perto de atingir, pela primeira vez, um faturamento anual de 100 milhões de dólares.
Cabeludos, barbudos, despenteados, vestidos com blusas de agasalho e ar de universitários. Você contrataria algum deles? Pense de novo. Eles eram a equipe de programadores da Microsoft em 1981. Da esquerda para a direita: Charles Simonyi, Bob Matthews; Mark Matthews, Steve Hazlerig; Doug Kundler, Jeff Harbers, (no centro) Todd Newman.
A parceria entre a fabricante de computadores IBM e a Microsoft, no início dos anos 80, é considerada por muitos como um dos maiores momentos de Bill Gates. Ao desenvolver o sistema operacional PC-DOS para a IBM, a Microsoft fechou um contrato em que continuava proprietária do software, e ainda com o direito de distribuir versões modificadas para outras empresas.
O Windows 1.0 foi lançado em 20 de novembro de 1985. Até então, operar um computador pessoal requeria uma boa dose de habilidades de programação. O Windows 1.0 trouxe uma interface gráfica para o usuário, onde os comandos eram mais fáceis de serem executados. Duvida? Compare esta tela com a do IBM PC 5150, rodando o DOS naquela tela verde...
Hoje, Apple e Microsoft disputam palmo-a-palmo mercados vitais para a sobrevivência de ambas. No mercado de desktops, por exemplo, o sistema operacional da Apple tem fãs que abominam o Windows, mas, no passado, as empresas já andaram juntas. Um exemplo é o Apple Macintosh da foto, rodando o Microsoft Excel para Mac 1.0. O programa foi lançado em setembro de 1985.
O Windows 3.1, lançado em abril de 1992, causou frisson, ao oferecer uma biblioteca de fontes altamente legíveis. Na prática, isso viabilizou o Windows como editor de texto. Para instalar o programa, era necessário um computador com processador 286 e 1 MB de memória RAM (sim, a música que você baixou hoje tem mais do que isso).
Nem só de negócios e linhas de código vive o segundo homem mais rico do mundo. Há espaço para confraternizar com os funcionários, como nesta festa de Ação de Graças de 1993, em que Bill Gates mergulha num tonel de água. Detalhe para o ainda nem tão grisalho Steve Ballmer, no fundo da foto.
Bill Gates se encontra com Steven Spielberg, no anúncio da criação da Dreamworks Interactive, uma parceria entre a Microsoft e a Dreamworks para produzir jogos para computador, em março de 1995. A empresa foi comprada pela Electronic Arts em 2000.
Bill Gates e sua esposa, Melinda, encontram-se com o então presidente da África do Sul, Nelson Mandela, em março de 1997. Desde que deixou o comando da Microsoft, Gates vem se destacando a melhorar a vida na África, por meio de campanhas médicas e financiamento de pesquisas na região.
Bill Gates encontra-se com Steve Ballmer, no dia de sua indicação para substituí-lo como presidente executivo da Microsoft, em 21 de julho de 1998. Nos últimos anos, Ballmer enfrenta crescente crítica sobre sua gestão. A principal é que a empresa bobeou ao não entrar antes em mercados vitais, como o de tablets e sistemas para aparelhos celulares. No quarto trimestre de 2011, a Microsoft apresentou prejuízo de US$ 492 milhões o primeiro de sua história.
Jeff Bezos, presidente da Amazon, e Bill Gates conversam com Clippy, o simpático clipes que respondia às dúvidas dos usuários do programa Office. O encontro ocorreu no lançamento do Office XP, o último que contou com Clippy, em maio de 2001.
Em novembro de 2001, a Microsoft se lançou em um novo mercado o de videogames, com o console Xbox. A briga prometia, já que seus maiores rivais, na época, eram o PlayStation 2, da Sony, e o GameCube, da Nintendo. Era a primeira vez que uma empresa americana entrava nesse mercado, desde a quebra da Atari, em 1996. O console foi substituído pelo Xbox 360 em novembro de 2005. Desde então, vendeu cerca de 76 milhões de unidades.
Em novembro de 2001, estourou uma guerra interestelar entre humanos e alienígenas. Era a chegada de Halo, game concebido pela Bungie e lançado pela Microsoft Studios, o braço da empresa para o mercado de jogos. A franquia Halo é um dos maiores sucessos do setor. Estima-se que suas versões já tenham vendido mais de 50 milhões de cópias em todo o mundo, e faturado 3,4 bilhões de dólares.
Bill Gates encontra-se com o guitarrista Carlos Santana, no lançamento do Windows 2000, em San Francisco, em fevereiro de 2000
O Surface não é a primeira incursão da Microsoft pelo mercado de tablets. Em novembro de 2002, a empresa lançou o Windows XP Tablet Edition. O objetivo, claro, era ocupar um espaço estratégico neste (então) nascente nicho de mercado.
Em 2005, quando esta foto foi batida, Bill Gates era o homem mais rico do mundo posto que ocupou ininterruptamente de 1985 a 2007. Suas credenciais lhe dão acesso a celebridades e poderosos de todo o mundo, como o encontro entre Bono Vox, líder do U2, e o então presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Esta foi uma briga de pesos-pesados do mundo digital. De um lado, o iPod, lançado pela Apple e concebido pelo já lendário Steve Jobs. De outro, seu desafiante, o Zune, concebido pela Microsoft de Bill Gates. A primeira geração do Zune chegou em setembro de 2006 e, durante seis meses, ocupou o segundo lugar em vendas, com uma fatia de 10% - nada que abalasse a Apple. Os aparelhos Zune saíram de linha em outubro de 2011.
Em janeiro de 2007, a Microsoft lançou mundialmente o Windows Vista. Era a primeira versão de seu mais popular software desde que seu predecessor, o Windows XP, fora lançado cinco anos atrás. Como tudo que vem da Microsoft, o programa dividiu opiniões. Seus críticos não gostaram do aumento das licenças requeridas, por exemplo. O software foi substituído em outubro de 2009 pelo Windows 7.
Em 2008, Bill Gates estrelou, ao lado do humorista Jerry Seinfeld, uma campanha publicitária para relançar o Windows Vista. Orçada em 300 milhões de dólares (dos quais, 10 milhões pagos a Seinfeld), a campanha durou pouco no ar. Os críticos a classificaram como horrível e as peças foram refeitas sem Gates nem o humorista.
Assim como outras gigantes da indústria que apostam no varejo, a Microsoft também possui suas lojas. Trata-se da Microsoft Store, fundada em 2009 e hoje com 34 unidades nos Estados Unidos e Canadá. Além dos softwares e outros produtos da empresa de Bill Gates, as lojas oferecem aparelhos de parceiros, como Dell, HP e Lenovo.
Desde que se desligou do dia-a-dia da Microsoft, o bilionário se dedica à filantropia, por meio da Fundação Bill & Melinda Gates, como nesta campanha de vacinação na África, em 2009. A fundação foi criada em 2000 e administra cerca de 38 bilhões de dólares, e financia projetos que vão da cura da Aids à economia de água em países pobres.
Os analistas afirmam que o ponto fraco da Microsoft, na última década, foi insistir em sistemas para PCs, enquanto o mundo evoluía para a mobilidade. Desde outubro de 2010, a empresa tenta emplacar nos celulares, com o Windows Phone. Seu sucesso também pode salvar a finlandesa Nokia, que patina nos smartphones e aposta no Windows para combater os aparelhos com Android e os iPhones.
Bill Gates está, cada vez mais, focado em temas sociais. Aqui, ele apoia Salman Kahn em 2011, após uma palestra em que o professor indiano apresentou sua Kahn Academy, projeto que oferece aulas pela internet para milhões de alunos em todo o mundo.
Para rebater as críticas de que deixou um mercado estratégico escorregar pelas mãos, o de tablets, a Microsoft lançou, em junho de 2012, o Surface. A crítica, porém, se dividiu entre os que se empolgaram com o aparelho e os que recomendaram que ninguém o comprasse. Estima-se que a empresa tenha produzido 1,25 milhão de unidades da versão Surface RT, mas as vendas não estariam na mesma proporção.