Exame Logo

Apps de idiomas põem pressão sobre empresas de educação

Apps para smartphones que ajudam pessoas a aprender outras línguas de graça, ou quase de graça, estão exercendo uma pressão cada vez maior sobre as empresas

Apps: dezenas de milhões de usuários estão começando a se render à flexibilidade de praticar vocabulário ou conversação em movimento (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2015 às 16h31.

Frankfurt - Aplicativos para smartphones que ajudam pessoas a aprender outras línguas de graça, ou quase de graça, por meio de poucas sentenças de cada vez, estão exercendo pressão cada vez maior sobre companhias de educação estabelecidas e ditando a forma sobre como tornar as lições mais envolventes.

Produtos para telefones e tablets de empresas como a alemã Babbel, a britânica Memrise e a norte-americana Duolingo já ultrapassaram em termos de audiência nomes como Berlitz e o pioneiro de auto-didatismo Rosetta Stone, se ainda não em vendas ou sofisticação de ensino, dizem pesquisadores de mercado.

Dezenas de milhões de usuários estão começando a se render à flexibilidade de praticar vocabulário ou conversação em movimento, como parte de um curso de estudos sério ou simplesmente como uma alternativa mais casual.

"Isso é uma questão de incrementar a conveniência: aplicativos para smartphones oferecem uma ampla seleção de conteúdo de mais fácil acesso, a qualquer hora, em qualquer lugar", disse o fundador da Memrise, sediada em Londres, Ed Cooke.

Os melhores aplicativos móveis usam reconhecimento de voz, lembretes de email e recursos de jogos e ciência cognitiva para continuar atraindo de volta os usuários.

Estes produtos de baixo preço estão forçando editoras, tutores e fornecedoras de ferramentas de ensino a reconsiderarem suas estratégias, que há muito contam com a cobrança de preços de dois dígitos por livros ou centenas de dólares por cursos.

As vendas globais de ferramentas e serviços de idiomas devem cair 2,1 por cento até 2018 ante 2014, para 56,3 bilhões de dólares, segundo a Ambient. Enquanto isso, a participação de soluções móveis deve subir 73 por cento, para cerca de 14,5 bilhões de dólares até 2019, estima a empresa.

O presidente-executivo da Berlitz, controlada pela britânica Apa Publishing, Rene Frey, vislumbrou um cenário sombrio para muitas editoras estabelecidas.

Segundo ele, não faz sentido para as editoras investirem mais em conteúdo especializado de idiomas enquanto os usuários migram para conteúdo gratuito fornecido por Google Translate, dicionários colaborativos como LEO ou companhias de baixo custo como a Babbel. Em vez disso, a Apa está focada em ampliar a linha de guias de viagem e livros de frases Insight.

"Algumas editoras estão tentando se tornarem fornecedoras de conteúdo premium. Mas é muito difícil para elas serem tão inovadoras quanto estas empresas de tecnologia", disse Frey.

"Não vejo muito futuro para as editoras." A Babbel afirma que é lucrativa desde 2011, dobrando a receita a cada ano desde então. Os usuários pagam, em média, cerca de 6 dólares por mês por assinaturas.

O presidente-executivo da companhia, Markus Witte, afirmou que a empresa descobriu que a questão não se trata de fazer o usuário aprender o máximo possível de uma vez, mas o mínimo. "Estudantes exagerados tendem a não voltar", afirmou. "As pessoas que aprendem um pouco tendem a voltar com mais regularidade."

Veja também

Frankfurt - Aplicativos para smartphones que ajudam pessoas a aprender outras línguas de graça, ou quase de graça, por meio de poucas sentenças de cada vez, estão exercendo pressão cada vez maior sobre companhias de educação estabelecidas e ditando a forma sobre como tornar as lições mais envolventes.

Produtos para telefones e tablets de empresas como a alemã Babbel, a britânica Memrise e a norte-americana Duolingo já ultrapassaram em termos de audiência nomes como Berlitz e o pioneiro de auto-didatismo Rosetta Stone, se ainda não em vendas ou sofisticação de ensino, dizem pesquisadores de mercado.

Dezenas de milhões de usuários estão começando a se render à flexibilidade de praticar vocabulário ou conversação em movimento, como parte de um curso de estudos sério ou simplesmente como uma alternativa mais casual.

"Isso é uma questão de incrementar a conveniência: aplicativos para smartphones oferecem uma ampla seleção de conteúdo de mais fácil acesso, a qualquer hora, em qualquer lugar", disse o fundador da Memrise, sediada em Londres, Ed Cooke.

Os melhores aplicativos móveis usam reconhecimento de voz, lembretes de email e recursos de jogos e ciência cognitiva para continuar atraindo de volta os usuários.

Estes produtos de baixo preço estão forçando editoras, tutores e fornecedoras de ferramentas de ensino a reconsiderarem suas estratégias, que há muito contam com a cobrança de preços de dois dígitos por livros ou centenas de dólares por cursos.

As vendas globais de ferramentas e serviços de idiomas devem cair 2,1 por cento até 2018 ante 2014, para 56,3 bilhões de dólares, segundo a Ambient. Enquanto isso, a participação de soluções móveis deve subir 73 por cento, para cerca de 14,5 bilhões de dólares até 2019, estima a empresa.

O presidente-executivo da Berlitz, controlada pela britânica Apa Publishing, Rene Frey, vislumbrou um cenário sombrio para muitas editoras estabelecidas.

Segundo ele, não faz sentido para as editoras investirem mais em conteúdo especializado de idiomas enquanto os usuários migram para conteúdo gratuito fornecido por Google Translate, dicionários colaborativos como LEO ou companhias de baixo custo como a Babbel. Em vez disso, a Apa está focada em ampliar a linha de guias de viagem e livros de frases Insight.

"Algumas editoras estão tentando se tornarem fornecedoras de conteúdo premium. Mas é muito difícil para elas serem tão inovadoras quanto estas empresas de tecnologia", disse Frey.

"Não vejo muito futuro para as editoras." A Babbel afirma que é lucrativa desde 2011, dobrando a receita a cada ano desde então. Os usuários pagam, em média, cerca de 6 dólares por mês por assinaturas.

O presidente-executivo da companhia, Markus Witte, afirmou que a empresa descobriu que a questão não se trata de fazer o usuário aprender o máximo possível de uma vez, mas o mínimo. "Estudantes exagerados tendem a não voltar", afirmou. "As pessoas que aprendem um pouco tendem a voltar com mais regularidade."

Acompanhe tudo sobre:AppsCursos de idiomasEducaçãoIndústria eletroeletrônicaSmartphones

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame