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App Lulu ofende a honra dos homens, diz Ministério Público

O Ministério Público do Distrito Federal abriu inquérito contra a empresa responsável pelo polêmico app Lulu, que pode ser condenada por dano moral coletivo

Lulu: o app só para mulheres permite atribuir hashtags aos homens (Divulgação)

Maurício Grego

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 10h24.

São Paulo -- O Lulu, o app social só para mulheres que permite avaliar os homens e ver as avaliações das amigas, continua causando polêmica. Nesta segunda-feira, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou que iniciou um inquérito contra a Luluvise, a empresa responsável pelo aplicativo.

Uma nota divulgada pelo MPDFT afirma que o Lulu ofende a honra e os direitos existenciais dos homens. Diz, também, que as empresas responsáveis pelo app podem sofrer medidas administrativas e até ser condenadas por dano moral coletivo. Veja o texto completo do comunicado:

“Após ampla divulgação na imprensa de que o Facebook Serviços Online Ltda., em associação com a Luluvise Inc., é capaz de ofender direitos da personalidade de milhões de usuários do sexo masculino, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor instaurou, na última sexta-feira, dia 29, inquérito civil público (ICP) contra as duas empresas. Ambas têm o prazo de cinco dias para prestar esclarecimentos sobre o assunto.”

“Denominado Lulu, o aplicativo permite que apenas as mulheres, usuárias da rede social, façam, anonimamente, inúmeras avaliações dos homens, inclusive atribuindo notas sobre diversos aspectos pessoais como desempenho sexual, caráter e forma de interagir com as mulheres em relações íntimas.”

“Essa situação evidencia ofensa a direitos existenciais de consumidores, particularmente à honra e à privacidade, ensejando medidas administrativas e, eventualmente, condenação por dano moral coletivo.”

App da Luluzinha

Criado pela britânica Alexandra Chong, o Lulu foi lançado primeiro nos Estados Unidos, em fevereiro, onde já tem mais de um milhão de usuárias que o acessam mais de uma vez por dia. O Brasil foi o segundo país aonde ele chegou.

No Lulu, as usuárias podem atribuir, aos homens, hashtags como #acordagato e #maisbaratoqueumpãonachapa. Alguns acham esses termos bem humorados, enquanto outros se sentem ofendidos.

Um dos problemas é que a inclusão dos homens é automática. Seus dados e fotos são transferidos do Facebook para o Lulu. Eles são listados e avaliados no app sem nem mesmo ficar sabendo disso. Qualquer um pode solicitar sua exclusão, mas não há uma maneira de evitar, de antemão, ser incluído nele.

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São Paulo -- O Lulu, o app social só para mulheres que permite avaliar os homens e ver as avaliações das amigas, continua causando polêmica. Nesta segunda-feira, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou que iniciou um inquérito contra a Luluvise, a empresa responsável pelo aplicativo.

Uma nota divulgada pelo MPDFT afirma que o Lulu ofende a honra e os direitos existenciais dos homens. Diz, também, que as empresas responsáveis pelo app podem sofrer medidas administrativas e até ser condenadas por dano moral coletivo. Veja o texto completo do comunicado:

“Após ampla divulgação na imprensa de que o Facebook Serviços Online Ltda., em associação com a Luluvise Inc., é capaz de ofender direitos da personalidade de milhões de usuários do sexo masculino, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor instaurou, na última sexta-feira, dia 29, inquérito civil público (ICP) contra as duas empresas. Ambas têm o prazo de cinco dias para prestar esclarecimentos sobre o assunto.”

“Denominado Lulu, o aplicativo permite que apenas as mulheres, usuárias da rede social, façam, anonimamente, inúmeras avaliações dos homens, inclusive atribuindo notas sobre diversos aspectos pessoais como desempenho sexual, caráter e forma de interagir com as mulheres em relações íntimas.”

“Essa situação evidencia ofensa a direitos existenciais de consumidores, particularmente à honra e à privacidade, ensejando medidas administrativas e, eventualmente, condenação por dano moral coletivo.”

App da Luluzinha

Criado pela britânica Alexandra Chong, o Lulu foi lançado primeiro nos Estados Unidos, em fevereiro, onde já tem mais de um milhão de usuárias que o acessam mais de uma vez por dia. O Brasil foi o segundo país aonde ele chegou.

No Lulu, as usuárias podem atribuir, aos homens, hashtags como #acordagato e #maisbaratoqueumpãonachapa. Alguns acham esses termos bem humorados, enquanto outros se sentem ofendidos.

Um dos problemas é que a inclusão dos homens é automática. Seus dados e fotos são transferidos do Facebook para o Lulu. Eles são listados e avaliados no app sem nem mesmo ficar sabendo disso. Qualquer um pode solicitar sua exclusão, mas não há uma maneira de evitar, de antemão, ser incluído nele.

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