Tecnologia

Apontador e Maplink anunciam fusão

Empresas que faturaram juntas 10 milhões de reais em 2007, pretendem crescer 80% já em 2008 com foco em publicidade e em licenciamentos para o mercado corporativo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 14h53.

Os portais brasileiros de localização Apontador e Maplink agora são uma única empresa. A partir desta quinta-feira (12/06), as empresas serão controladas por uma holding - que foi batizada de Apontador Maplink - e deverão somar cerca de 6 milhões de usuários únicos por mês.

As empresas faturaram juntas em 2007 cerca de 10 milhões de reais. Para os próximos 12 meses, a holding espera saltar para 18 milhões de reais em receitas e 10 milhões de usuários únicos mensais.

"As previsões são bastante agressivas, mas o crescimento do mercado de publicidade online e dos serviços móveis trazem ventos favoráveis para nossa empresa", diz Guilherme Gomide, CEO da holding.

Os portais permanecerão independentes, mas terão logotipos e links que identificam a marca conjunta. Além disso, o banco de dados de mapas será unificado para os dois websites, o que deverá aumentar o volume de informações disponíveis.

Ambas as empresas estimam que a integração das tecnologias leve entre 12 e 18 meses para acontecer. Hoje as aplicações do Apontador são desenvolvidas principalmente em plataforma Linux e as do Maplink, em Windows, e mapeiam cerca de 1300 cidades no Brasil, além das principais localidades na Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela, Panamá e Costa Rica.

A união significa complementar as operações de cada uma das empresas. Hoje os serviços mais procurados no Apontador são relacionados a busca de ruas e localização de estabelecimentos, enquanto no Maplink se sobressaem informações sobre rotas rodoviárias, praças de pedágio, quilometragem e consumo de combustíveis. Entre os principais clientes corporativos estão companhias de seguro e financeiras, que utilizam o serviço para localização de agências bancárias, por exemplo.

"Em vez de trabalharmos separados tentando criar as mesmas coisas e como concorrentes, vamos unir nossas equipes de desenvolvimento e acelerar a oferta de novos serviços", diz Guilherme Gomide, CEO da holding.


Entre os serviços de publicidade diferenciados que o Apontador Maplink promete está o "sponsor street" em que uma determinada empresa paga uma determinada taxa para ter sua marca ou loja evidenciadas todas as vezes em que seu endereço for buscado. Os portais também devem reforçar as parcerias com empresas de conteúdo para povoar os mapas que exibem com estabelecimentos de maior procura, como postos de gasolina, bancos, restaurantes.

"Uma possibilidade é firmar um acordo com redes de cinema para que, ao fazer uma busca, o usuário já possa visualizar as salas mais próximas e identificar a programação", afirma Gomide.

Foco no setor público

Apontador e Maplink juntos também ganham poder de fogo para competir em um mercado até então dominado pelas grandes empresas de geo-referenciamento: o setor público. Segundo Frederico Hohagen, diretor comercial da holding, as empresas já participaram de licitações para prestar serviços de rastreamento via internet, mas perderam principalmente em virtude de seu porte pequeno.

"Ganhamos fôlego para competir nesse tipo de mercado", relata.

A estrutura administrativa da companhia ficará em São Paulo, na sede do Apontador, que abrigará também parte da equipe de desenvolvimento. Em Curitiba, berço do Maplink, atividades de criação também serão realizadas. A equipe estimada conjunta é de 100 pessoas.

Concorrência de fora

A fusão dos portais brasileiros vem em um momento em que os serviços de localização se popularizam tanto em uso quanto em modelo de negócios. Praticamente todos os grandes nomes da internet já mantêm operações do gênero e gratuitas, entre eles o Google, com o Google Maps, a Microsoft com o Live Search Maps, e o Yahoo, com o Yahoo!Mapas.

Para o Apontador Maplink, no entanto, a grande oferta desse tipo de serviços não tira uma fatia de usuários em potencial. "Essas ferramentas grátis não têm disponibilidade total, não oferecem suporte e ainda podem mostrar no mapa vários tipos de empresas. Uma companhia que quer usar o serviço provavelmente não está disposta a correr o risco de ter em seu próprio mapa um apontamento para o concorrente", relata Rafael Siqueira, um dos fundadores do Apontador. O serviço proposto pela holding fará a personalização e o filtro que os clientes precisam, diz.

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