Amazon cria dispositivo para reconhecer as suas emoções
A ideia de construir máquinas capazes de compreender as emoções humanas tem sido há muito tempo um elemento básico da ficção científica
Lucas Agrela
Publicado em 24 de maio de 2019 às 05h55.
Última atualização em 24 de maio de 2019 às 05h56.
A Amazon.com está desenvolvendo um dispositivo vestível (wearable) ativado por voz que pode reconhecer as emoções de seres humanos. O aparelho de pulso é descrito como um produto de saúde e bem-estar em documentos internos analisados pela Bloomberg. O produto é resultado de uma parceria entre o Lab126, o grupo de desenvolvimento de hardware por trás do celular Fire da Amazon e o alto-falante inteligente Echo, e a equipe de software de voz da Alexa.
Projetado para funcionar com um aplicativo de smartphone , o dispositivo possui microfones pareados com softwares que podem discernir o estado emocional do usuário a partir do som da voz, segundo documentos e informações de uma pessoa a par do programa. No futuro, a tecnologia pode ser capaz de aconselhar o usuário a interagir de forma mais eficaz com os outros, mostram os documentos.
Não está claro o estágio de desenvolvimento do projeto ou se algum dia será lançado comercialmente. A Amazon fornece às equipes ampla liberdade para experimentar produtos, alguns dos quais nunca chegam ao mercado. O projeto, batizado de Dylan, estava em andamento recentemente, segundo dados dos documentos e da fonte, que pediu anonimato porque é um assunto interno. Um programa de teste beta está em andamento, disse essa pessoa, embora não esteja claro se o teste inclui o protótipo de hardware, o software de detecção de emoções ou ambos.
A Amazon não quis comentar.
A ideia de construir máquinas capazes de compreender as emoções humanas tem sido há muito tempo um elemento básico da ficção científica, como as histórias de Isaac Asimov e o androide Data, de Star Trek.
Em meio a avanços do aprendizado automático e reconhecimento de voz e imagem, o conceito recentemente caminhou em direção à realidade. Empresas como Microsoft , Google e IBM , entre várias outras, desenvolvem tecnologias projetadas para derivar estados emocionais de imagens, dados de áudio e outras fontes. A Amazon chegou a comentar publicamente seu desejo de construir um assistente de voz mais próximo da realidade.