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Airbus avalia fabricar 1º avião elétrico híbrido para reduzir poluição

Companhia busca reduzir emissão de CO2 utilizando tecnologia parecida com a que já é usada em carros

(Balint Porneczi/Bloomberg/Bloomberg)

Lucas Agrela

Publicado em 19 de junho de 2019 às 15h17.

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 15h18.

A Airbus pesa os prós e os contras de fabricar o primeiro avião elétrico híbrido do mundo, enquanto avalia sua estratégia para substituir seu tradicional jato de corpo estreito A320neo nos próximos 15 anos - um passo que marcaria um salto tecnológico no setor aeroespacial.

A fabricante de aviões europeia está confiante de que o revolucionário sistema de propulsão estará pronto para ser usado em um novo jato de corredor único por volta de 2035, segundo pessoas com conhecimento dos planos.

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Embora a empresa tenha manifestado publicamente seu interesse em motores híbridos, a Airbus agora considera a possibilidade de usar a tecnologia em sua aeronave mais importante, disseram fontes, que pediram para não serem identificadas ao discutir deliberações internas.

O cronograma não está definido e pode mudar com a evolução dos diferentes recursos, disseram as pessoas, acrescentando que a Airbus começará com um jato de corredor único menor até chegar a um tamanho comparável ao do A321neo, que tem capacidade para 240 pessoas. Qualquer decisão também levaria em conta a dinâmica do mercado e a concorrência com a rival Boeing, segundo as fontes.

Embora ainda demore alguns anos para que a tecnologia híbrida esteja disponível, a Airbus está confiante de que as companhias aéreas estarão preparadas para a mudança na eficiência que um híbrido proporcionaria, segundo as pessoas. (A Airbus tem como meta reduzir as emissões de CO2 em 75% até 2050.) A decisão dependerá, em parte, da decisão da Boeing de acelerar seu próprio projeto de jato de corpo estreito na esteira da crise do 737 Max, cujos voos estão suspensos em todo o mundo desde março, disseram as fontes.

A Airbus informou que a oferta atual da empresa de jato de corpo estreito ainda tem espaço para melhoras tecnológicas. Segundo a Airbus, Guillaume Faury, presidente da companhia, havia indicado no mês passado que a fabricante de aviões planeja explorar opções híbridas para futuras aeronaves.

--Com a colaboração de Oliver Sachgau.

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