Adobe negocia compra do Figma por US$ 20 bilhões e tenta eliminar um de seus maiores rivais
Com tratativas em andamento, o acordo pode ser anunciado ainda nesta quinta-feira, 15
André Lopes
Publicado em 15 de setembro de 2022 às 10h08.
Última atualização em 16 de setembro de 2022 às 08h51.
A Adobe está próxima deadquirir a Figma, uma startup que produz a principal ferramenta de desenvolvimento visual de aplicativos, usada sobretudo para criar a experiência do usuário em serviços digitais.
A expectativa é que um acordo seja anunciado ainda nesta quinta-feira, 15, disseram fontes à Bloomberg. A avaliação do negócio circula acima de US$ 15 bilhões, podendo chegar em até US$ 20 bilhões.
- Suposta vulnerabilidade do TikTok destaca aplicativo como alvo de invasores
- Elon Musk no Brasil: quanto custa e como usar a internet da Starlink
A Figma ganhou o mercado ao disponibilizar sua ferramenta com muitos recursos gratuitos, de forma integrada e colaborativa com outras ferramentas, incluindo as que estão no conhecido 'pacote Adobe'.
A empresa, liderada pelo cofundador Dylan Field, viu a demanda saltar durante a pandemia, com o aumento do trabalho remoto. Hoje, entre os seus clientes estão o Airbnb, Google, Netflix e Twitter, de acordo com o site da Figma.
Entre os investidores da startup estão as empresas de capital de risco Kleiner Perkins, Index e Greylock.
A Adobe, favorita de Wall Street há mais de uma década, foi atingida pela crise tecnológica, com suas ações perdendo mais de um terço de valor desde o início do ano.
O modelo da empresa, que dominou o mercado de design digital praticamente sozinha por muitos anos, parece estar em desacordo com as demandas dos novos trabalhadores da indústria digital.
Hoje, o setor conta com uma leva de novos ingressantes e de pouco orçamento para gastar em softwares caros. A Figma entendeu isso e, pelo visto, a Adobe também.