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Acer Aspire S3

Primeira opção de ultrabook com preço mais palatável a chegar ao Brasil, o Aspire S3 com tela de 13,3 polegadas e chip Core i3 combina magreza, muito boa duração de bateria e uma configuração acima da média, mas com desfalques relevantes. Nos testes, o modelo teve um desempenho equivalente ao de notebooks intermediários de 14 […]

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2012 às 08h18.

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Primeira opção de ultrabook com preço mais palatável a chegar ao Brasil, o Aspire S3 com tela de 13,3 polegadas e chip Core i3 combina magreza, muito boa duração de bateria e uma configuração acima da média, mas com desfalques relevantes. Nos testes, o modelo teve um desempenho equivalente ao de notebooks intermediários de 14 polegadas. Ou seja, não há sofrimento para rodar aplicativos de escritório e vídeos em 1080p. O Aspire S3 fica devendo interfaces USB 3.0, pois possui apenas um par de portas USB 2.0. Para ligar rapidamente ele usa um drive de memória flash de 20 GB de modo combinado com o HD de 320 GB.

Dentre os ultrabooks que alcançaram a costa brasileira, a linha Aspire S é a que oferece opções modelos com a configuração mais básica. Foi justamente essa configuração que testamos. Na linha de frente quem joga é um Intel Core i3 2367M com dois núcleos de clock relativamente baixo de 1,4 GHz. Normalmente, o clock baixo seria compensado com o que a Intel chama de Turbo Boost, mas esse não é o caso. Como todo Core i3, esse processador não tem a capacidade de aumentar o próprio clock manipulando o uso da eletricidade por cada núcleo. Essa não é a única deficiência do 2367M: vários recursos como a aceleração de processos de criptografia não estão presentes, embora seja preciso reconhecer que a maioria dos usuários não sentirá falta desses extras. Com efeito esse processador é o suficiente para tarefas mundanas.

A controladora gráfica integrada também é mais simples do que o que se costumas ver em chips Core i5 e Core i7. Mesmo quando comparada a outras Intel HD Graphics 3000 com baixa dissipação de energia, a frequência máxima de operação da GPU do Core i3 2367M é mais baixa (1 GHz). Como todo Sandy Bridge, o chip do Aspire S3 é competente no trato com gráficos, mas, nesse caso específico, não se deve esperar dele muito mais do que a reprodução de vídeos em Full HD.

Como sempre, observar que esse notebook oferece 4 GB de RAM não provoca grande comoção. Por outro lado, o sistema de memória utilizado é bem mais interessante, embora não seja necessariamente um aspecto positivo da máquina. Quando a Intel estabeleceu os parâmetros que definiriam a categoria ultrabook, inicialização rápida era um dos pontos principais. A princípio, a ideia era proporcionar uma experiência parecida com a de um tablet por meio do armazenamento baseado em SSD, mas o conceito logo expandiu-se para máquinas que, de um forma ou de outra, tivessem um tempo de acesso de arquivos similar ao de drives de memória flash.

Uma das estratégias utilizadas pelos fabricantes para cortar custos de produção foi usar o SSD como cache integrado a um HD convencional, esses são os chamados HD híbridos. O Aspire S3, no entanto, é diferente: há nele um SSD de 20 GB (que abriga parte do sistema) e um HD de 320 GB. Esse SSD é quase completamente independente, ele não é um buffer ou sequer está em RAID com o HD, trata-se de um drive soldado ao HD e nada mais.

Há vantagens e desvantagens nessa abordagem. O ponto positivo mais importante e evidente é o maior espaço para arquivos. Mesmo os ultrabooks mais caros oferecem apenas 256 GB porque o custo da memória flash ainda é muito alto para os fabricantes. A desvantagem é que o tempo de acesso aos arquivos é consideravelmente maior do que em um sistema SSD puro. Como o HD utilizado já não é dos mais rápidos (5400 RPM) e o SATA é 3 Gb/s, os benefícios do SSD ficam diluídos. Sentimos um pouco mais de velocidade na hora de ligar e de reanimar o computador do estado de hibernação, mas nada além disso.

Os resultados dos benchmarks não surpreenderam. A suíte de testes PCMark dá uma importância especial ao sistema de armazenamento, mas o SSD extra não ajudou muito na pontuação final. No PCMark 7, que mensura o desempenho geral com o Windows 7, a pontuação foi mediana: 1545 pontos. Já o benchmark de performance gráfica 3DMark06, focado no DirectX 9, foi um pouco mais severo e avaliou o Aspire S3 em 2994, uma marca baixa

Benchmark PC Mark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Apple Macbook Air 13”

3.669

Asus Zenbook UX21

3.443
Asus Zenbook UX31E
3.442
Acer Aspire S3
1.545

Benchmark 3DMark06 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Sony Vaio SB15GB

5.123
Apple Macbook Air 13”
4.293
Apple Macbook Air 11,6”
4.167
Asus Zenbook UX31E
3.943
Asus Zenbook UX21
3.796
Acer Aspire S3
2.994
Samsung Série 9
2.008

Mencionamos no começo da resenha que o Aspire S3 desaponta um pouco por não ter uma USB 3.0. Mas esse computador não é de todo mal em termos de conectividade para um ultrabook. Além das duas USB, podemos contar uma saída HDMI em tamanho normal, um leitor de cartão, P2 para fones, Wi-Fi e Bluetooth 4.0. Para um notebook essa é uma seleção exígua, mas devemos se rum pouco mais lenientes com uma máquina tão fina. Na verdade, uma das nossas maiores críticas com relação às conexões é o fato de que a maioria das portas, incluindo a entrada do adaptador de eletricidade, ficam próximas à saída de ar na traseira, o que dificulta o acesso.

A diferença de espessura entre o Aspire S3 e o outros modelos de ultrabook testados é negligenciável no papel, mantendo-se entre 0,1 cm e 0,3 cm. Mas esses poucos milímetros já são o suficiente para deixar de inspirar aquele sentimento de reverência que o Air e o Zenbook provocam. Não se entenda com isso que o Aspire S3 é um notebook ordinário: seu acabamento e design são evidentemente muito superiores à média dos notebooks. Ainda assim, a Acer estava menos preocupada em mimar nosso senso estético do que em montar uma máquina eficiente. A maior prova dessa intenção está na parte inferior do notebook, onde o HD se descola da carcaça para formar um pequeno planalto que quebra o design sem a menor cerimônia. Mas ter uma aparência modesta nem sempre é um mal: pelo menos esse notebook não possui nenhum logo escrito com uma fonte cheia de frufru, como é o caso do Zenbook.

A economia com o alumínio atingiu o teclado com mais intensidade. No entanto, o plástico utilizado aparenta ser bem resistente e o teclado em si é bom para os padrões da categoria. Como é comum em ultrabooks, as teclas não são muito salientes, o que pode provocar situações em que o digitador não tem certeza se o pressionamento foi suficiente para registrar o comando. A Acer também seguiu a concorrência e relegou os símbolos “?” e “/” aos atalhos com a tecla Fn. Excetuando-se essas duas questões, não há muito o que criticar. O Enter e o “\” são um pouco estranhos porque formam uma espécie de tecla siamesa que permite pressionar cada símbolo individualmente, mas não demora muito para se acostumar com essa peculiaridade. Também é agradável observar que nem tudo nesse teclado foge ao padrão ABNT 2: o “ç” tem uma tecla inteira para si.

Sofremos alguns incômodos com o touchpad, especialmente porque não há qualquer indicação, seja ela táctil ou visual de onde começam e acabam os botões esquerdo e direito. Mas, colocando essa inconveniência de lado, ele é bem superior à média dos notebooks. Além de ser bem amplo, gestos de multitoque como a rolagem e o zoom foram bem implementados pela Acer.

Os cortes de custos também afetaram a tela. Com uma resolução de 1366 x 768, ele fica na média dos notebooks de 13 e 14 polegadas, mas os ultrabooks que testamos até agora oferecem mais pontos por polegada. O som, por outro lado, não deixou um bom eco nos nossos ouvidos. Os sons agudos distorcem com facilidade e os graves são um tanto abafados. Mas isto já era esperado de uma máquina tão fina.

Apesar de possuir uma bateria de apenas 3 células, o Aspire S3 tem uma autonomia energética razoável. A carga dessa máquina suportou 124 minutos de uso intenso, uma marca que é em parte explicada configuração modesta.

Duração da bateria em uso intenso
Barras maiores indicam melhor desempenho

Asus Zenbook UX21

2h53min

Samsung Série 9

2h17min
Acer Aspire S3
2h04min
Apple Macbook Air 13”
2h02min
Apple Macbook Air 11,6”
1h25min
Asus Zenbook UX21
1h21min

Mesmo considerando outras configurações, o Aspire S3 não está no mesmo nível que o Zenbook e o MacBook Air. Tela, construção física, conexões, interface, em todos esses aspectos os ultrabooks da Asus e da Apple superam a oferta da Acer. No entanto, o Aspire S3 é o único ultrabook do mercado brasileiro que tem um preço razoável. Por 2799 reais, esse notebook é caro mas oferece uma relação entre custo e benefício bem mais aceitável do que a concorrência.

Ficha técnica

Tela13,3”
ProcessadorIntel Core i3-2367M 1,4 GHz
RAM4 GB
ArmazenamentoHD de 320 GB e SSD de 20 GB
GPUVídeo onboard
Peso1,4 kg
SOWindows 7 Home Basic
Bateria2h04min

Avaliação técnica

PrósDesign fino; duração de bateria razoável; rapidez na inicialização, uso combinado de SSD e HD;
ContrasDesempenho de laptop básico; não tem portas USB 3.0;
ConclusãoO Aspire S3 não está no mesmo nível que o Zenbook ou que o MacBook Air, mas não deixa de oferecer a melhore relação custo/benefício;
Configuração7,0
Vídeo e áudio7,2
Usabilidade8,0
Bateria8,0
Média7.6
Preço2799
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