Tecnologia

Access tem interesse em banda larga rural, diz Bernardo

Empresa americana quer usar sinais de rádios para aumentar a presença da internet no Brasil

Segundo o governo, a Access não está interessada em banda larga nas cidades (Jakub Krechowicz/SXC)

Segundo o governo, a Access não está interessada em banda larga nas cidades (Jakub Krechowicz/SXC)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 13h05.

Brasília - A Access Industries, empresa norte-americana de banda larga, quer ofertar internet rápida em áreas rurais no Brasil, usando a faixa de 450 MHz. A informação foi dada hoje pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "Eles estiveram no ministério e fizeram uma apresentação. Eles disseram que não têm interesse na área urbana", afirmou Bernardo, depois de participar da abertura do 26º Encontro TeleSíntese, que está sendo realizado em Brasília.

Segundo o ministro, a empresa presta serviços de banda larga na Suécia voltados para a área rural e tem o mesmo interesse no Brasil. A difusão do sinal é feita via rádio, usando a tecnologia CDMA. "Podem atingir até 90 quilômetros de distância. Na água, pode chegar a 200 quilômetros", disse. A atuação da Access na Suécia, segundo o ministro, representa uma área de um milhão de metros quadrados.

Na semana passada, Bernardo disse que o governo ainda não decidiu se faria licitação da faixa de 450 MHz, porque as empresas de telecomunicações não demonstraram "apetite" por ela. O ministro chegou a dizer que poderia ser feita uma licitação dessa faixa junto com a de 2,5 GHz, mas, com a disposição da Access em usar a faixa de 450 MHz, poderá ser realizada uma licitação isolada da faixa.

PNBL

Na semana passada, a Agência Estado antecipou que as propostas da Oi e da Telefônica para ofertar banda larga de um mega a R$ 35 no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) sem a obrigação de contratar uma linha de telefone estão restritas apenas aos municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional. Bernardo disse que as proposta das empresas estão alinhadas "em parte" com o que o governo vem buscando, mas afirmou que uma decisão ainda não foi tomada. "Não acabaram as negociações ainda", disse.

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