Abelhas biônicas podem ser as próximas substitutas dos drones
Pequenos insetos têm melhor performance em fazendas que os dispositivos voadores
Ariane Alves
Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 05h55.
Última atualização em 18 de dezembro de 2018 às 05h55.
São Paulo - Os benefícios do uso de drones no ambiente rural já são muito difundidos, indo da realização de plantações em áreas extensas até o controle de pragas. O tamanho atual dos dispositivos e a energia consumida – a maioria só consegue voar por cerca de 20 minutos sem precisar ser recarregado – estimulam os pesquisadores a buscar alternativas ao drone para o agronegócio .
Engenheiros da Universidade de Washington anunciaram neste mês a criação de um sistema de sensores que utilizam o ciclo natural de vida das abelhas para monitorar informações de temperatura, umidade e intensidade da luz.
O sistema, chamado Living IoT , permite coletar mais de sete horas de dados quando afixados na parte de trás das abelhas.
Os zangões - nome dado às abelhas do gênero Bombus - pesam entre 150 e 200 miligramas e conseguem carregar cargas do seu próprio tamanho ou até maiores.
O Living IoT pesa 102 miligramas, sendo dois terços o peso da bateria, e um terço o peso dos sensores de monitoramento.
Veja abaixo o vídeo de divulgação do Living IoT. A reportagem continua na sequência:
A bateria é recarregada por um sistema sem fio quando as abelhas retornam ao ambiente da colmeia.
Ao mesmo tempo, os sensores transferem os dados coletados - a capacidade de armazenamento é de 30 KB - para liberar espaço dos dispositivos usados pelas abelhas.
Por enquanto, o Living IoT não é capaz de realizar filmagens ou atividades mais complexas, como as que já são feitas pelos drones, porém a equipe está animada com os resultados.
Os pesquisadores também deixam claro que não causam danos aos insetos. “Nós seguimos os melhores métodos para cuidar e lidar com essas criaturas”, observou o engenheiro elétrico Vikram Iyer em um comunicado de imprensa.