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10 dicas para comprar dólares para a viagem de fim do ano

Dicas ajudam a gastar menos com a conversão de reais em moedas estrangeiras e evitar apertos financeiros no período de folga no exterior


	Notas de dólares: Saiba como baixar o custo de converter moedas e evitar dor de cabeça em viagens ao exterior
 (Getty Images)

Notas de dólares: Saiba como baixar o custo de converter moedas e evitar dor de cabeça em viagens ao exterior (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 08h45.

São Paulo - Com o recesso de fim de ano chegando surgem as dúvidas sobre onde comprar a moeda estrangeira, de que forma carregar o dinheiro e em qual corretora realizar as conversões. 

Para que sua viagem internacional seja mais tranquila, EXAME.com listou dez dicas para que a compra de dólares e de outras moedas estrangeiras seja feita sem complicações e, na medida do possível, sem grandes custos. Confira. 

1 - Estime gastos 

O viajante deve estimar o gasto diário que terá com alimentação, compras e lazer durante a viagem para não comprar mais moeda do que precisa. 

Uma estimativa ruim pode gerar mais gastos, uma vez que será preciso realizar mais operações, seja para vender os dólares que sobraram ou para comprar mais, se o dinheiro convertido não foi suficiente. 

De acordo com o consultor financeiro Gustavo Cerbasi, o cálculo das despesas depende do objetivo da viagem. “O gasto com alimentação pode ser maior caso o viajante busque uma experiência gastronômica”.

Viagens que incluam compras também exigem um orçamento maior, assim como destinos que concentram muitas atrações.

O viajante pode ter uma base de preços ao pesquisar informações sobre o destino em sites como o Tripadvisor e páginas virtuais de lojas locais, caso queira realizar compras. 

2 - Pesquise preços

Compare o Valor Efetivo Total (VET) da compra de moeda estrangeira em diferentes instituições financeiras. O VET é a taxa que mostra todos os custos envolidos na operação.

A comparação pode ser feita rapidamente no site do Banco Central, que disponibiliza um ranking dos VETs cobrados por cada instituição.

Como as taxas são médias e referentes a um período anterior à compra, Cerbasi recomenda que o viajante realize orçamentos em ao menos três bancos ou corretoras bem posicionados no ranking para verificar qual oferece a taxa mais acessível.

Mas, dependendo do valor da compra, se a instituição mais barata exigir um deslocamento adicional o desconto pode não compensar. “O benefício é mais relevante no caso de operações maiores, de mais de três mil dólares”, diz Cerbasi.

Se o destino da viagem está localizado fora dos Estados Unidos e Europa, é necessária cautela extra ao pesquisar preços.

Sidnei Nehme, economista da corretora de câmbio NGO, recomenda que o turista tenha como referência uma diferença média da cotação da moeda que pretende comprar em relação ao dólar. 

Com o número na cabeça, é possível verificar se as corretoras que oferecem VET mais baixos para a compra do dólar também vendem a moeda que se pretende comprar a um preço vantajoso. "É uma forma de saber se corretora ou banco está praticando um preço justo. Em algumas casas o valor pode ser maior porque o turista tem poucas referências sobre o preço de moedas diferentes do dólar", diz Nehme.

3 - Escolha a moeda

A resposta sobre qual moeda comprar parece óbvia caso a viagem seja feita para os Estados Unidos ou Europa, mas pode gerar dúvidas no caso de outros destinos.

Levar uma parte do dinheiro em dólares ou até em reais pode render descontos ao viajante, como no caso de países vizinhos como Peru, Argentina e Uruguai.

Restaurantes, lojas e táxis podem oferecer descontos caso a compra seja paga com moedas que são muito valorizadas em relação à moeda local. Isso pode acontecer, por exemplo, em países cujos governos impõem medidas de controle cambial, como ocorreu recentemente com a Argentina.

Com a crise econômica instalada no país, o peso (moeda argentina) sofreu forte desvalorização em relação ao dólar e o governo da presidente Cristina Kirchner impôs restrições à compra da moeda norte-americana para tentar conter a depreciação da moeda local.

Como resultado, a divisa passou a ser vendida nos mercados paralelos e comerciantes passaram a oferecer os descontos a turistas que usassem dólares nos pagamentos.

Mesmo em outros países, oferecer o pagamento em dólar também facilita o cálculo de preço e pagamento dos serviços. Em locais que recebem visitantes de diversos países com frequência, a moeda pode ser comercializada com facilidade.

4 - Compre aos poucos

Para evitar surpresas com a cotação da moeda, especialistas recomendam realizar a compra gradativamente, principalmente em períodos de maior oscilação do câmbio, como o atual.

Dividir a compra diminui prejuízos com uma eventual alta da moeda, ao mesmo tempo em que pode permitir que o viajante se beneficie caso a cotação caia. 

Se o viajante não seguiu essa recomendação até agora, pouco antes da data da viagem, deve ao menos tentar dividir a compra em duas ou três parcelas, por precaução. 

5 - Não use apenas dinheiro em espécie

Comprar a moeda em espécie é a opção mais barata, já que nesse caso a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente é de 0,38% sobre o valor convertido. Já se a moeda for carregada no cartão pré-pago, o imposto sobe para 6,38%, assim como nas compras feitas os cartões de débito e de crédito internacionais.

Mas, mesmo com custos mais altos, é recomendável carregar parte do dinheiro da viagem no cartão pré-pago, por questões de segurança. “É aconselhável que o viajante leve, no máximo, três mil dólares em espécie”, diz Cerbasi.

Os cartões de débito e crédito internacionais do banco onde o viajante tem conta corrente também podem ser usados, mas apenas em situações de emergência, uma vez que possuem algumas desvantagens em relação ao uso do cartão pré-pago (veja o tópico seguinte). 

É importante lembrar que valores em espécie maiores do que 10 mil reais devem ser declarados para a Receita Federal antes da saída do país. No caso de uma família, existe a opção de dividir valores maiores entre os viajantes.

6- Vantagens e desvantagens de cada meio de pagamento

A moeda em espécie é a modalidade de pagamento que oferece o menor custo. Para Samy Dana, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a única desvantagem é o risco de furtos, roubos ou perda. 

O cartão pré-pago tem a vantagem de permitir que seja fixado um valor de conversão da moeda antes da viagem. Por outro lado, o cliente terá o trabalho de solicitar o cartão ao banco ou corretora de câmbio e deve pagar uma taxa para a confecção do plástico. 

Usar o cartão de débito do banco em compras internacionais é mais fácil e geralmente exige apenas que o cliente peça ao banco para desbloquear a função durante o período da viagem. 

Mas, assim como o cartão de crédito, o cartão de débito não permite pesquisar e fixar a melhor cotação, como ocorre com o pré-pago. "O cliente que utilizar o cartão de débito durante a viagem pode ter custos maiores porque a moeda pode subir e porque os bancos podem cobrar uma taxa de cotação mais alta do que a de outras instituições financeiras", afirma Samy Dana.

Para Samy Dana, a única vantagem dos cartões de débito e crédito é que eles podem ser utilizados para emergências, caso o viajante fique sem dinheiro em espécie e não consiga recarregar o cartão pré-pago durante a viagem. 

7 - Prepare-se para imprevistos

Cerbasi recomenda levar 20% a mais do total de gastos estimados para a viagem para cobrir despesas inesperadas.

Caso o viajante fique sem dinheiro lá fora, é possível recarregar o cartão pré-pago pelo valor da cotação da moeda do dia da recarga.

Verifique com antecedência se a instituição financeira permite realizar a transferência pela internet e qual o tempo necessário para que a recarga seja concluída.

Dessa forma, é possível evitar o uso do cartão de crédito, no qual a cotação da moeda é definida apenas no dia do fechamento da fatura.

Mas Cerbasi recomenda que, de qualquer forma, o viajante faça o desbloqueio de saques no cartão de crédito no exterior, para o caso de emergências.

8 - Aumente a segurança da compra

A compra de moedas pode ser feita de forma mais segura caso a instituição financeira tenha um espaço reservado para realizar a transação. “Ainda assim, é recomendável colocar o valor em uma pochete discreta, junto ao corpo, ao sair da instituição financeira”.

Algumas corretoras também podem entregar o dinheiro na casa do viajante. “A instituição financeira costuma cobrar taxa de entrega apenas no caso de compras menores”, diz Cerbasi.

Ao optar pelo delivery, o viajante deve evitar receber e conferir o valor em espaços públicos. 

9 - Evite deixar para a última hora

Quem deixa para converter moedas pouco antes de viajar, no aeroporto, fatalmente pagará um valor maior pela compra.

Como a demanda é alta, corretoras costumam cobrar mais pela compra e venda de moedas nesses locais. “O custo da operação é historicamente maior nessas lojas”, diz Sidney Nehme, economista da corretora de câmbio NGO.

10 - Sobrou dinheiro. E agora?

Caso não tenha uma viagem programada para o exterior tão cedo, especialistas recomendam revender o valor em moeda estrangeira que sobrou da viagem. Também na hora de vender a moeda é importante pesquisar o VET.

Se sobrar algum saldo no cartão pré-pago, a sugestão é retirar e converter em reais todo o valor, ainda que seja pequeno, para evitar cobranças de tarifas administrativas pelo uso do cartão. 

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