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Vinho sem álcool? Um novo segmento à vista

Essa parece ser a nova tendência nesse universo. Europa e Estados Unidos já são apontados como mercados promissores no segmento

 (Catarina Bessell/Exame)

(Catarina Bessell/Exame)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de março de 2023 às 06h00.

Última atualização em 22 de março de 2023 às 07h55.

Depois da comprovação de que uma taça de vinho por dia faz bem, a nova tendência de bem-estar e saúde para os amantes da bebida posiciona o vinho não alcoólico ou de menor teor de álcool em alta. Europa e Estados Unidos já são apontados como mercados promissores para esse segmento.

Ultimamente, notamos que as buscas por bebidas com menor teor de álcool e também pelas bebidas zero álcool vêm aumentando, sobretudo, pela nova geração, que segue uma alimentação mais saudável e equilibrada.

Dados de uma pesquisa de 2021 da consultoria Wine Intelligence, feita com 17.000 consumidores regulares de vinho de 17 países diferentes, revelaram que havia uma tendência e uma oportunidade ainda inexploradas entre os jovens, em todos os mercados, para moderar o consumo de álcool e ter opções mais saudáveis — mas sem comprometer o sabor. Na Austrália, 38% disseram que comprariam vinhos com baixo teor alcoólico e sem álcool, enquanto no Reino Unido 29% responderam que provavelmente comprariam. Nos Estados Unidos, a intenção chega a 26%.

Em paralelo, além dessa mentalidade de consumir cada vez mais bebidas e comidas saudáveis, os consumidores procuram a compra com propósito, e nesse contexto a busca por vinhos com práticas sustentáveis vem ganhando destaque.

A Carpineto, por exemplo, é uma vinícola italiana que possui o selo Carbon Positive, que reconhece práticas sustentáveis. A vinícola absorve 26% mais carbono do que emite. Outro exemplo
é a Esteban Martin, eleita em 2020 a vinícola espanhola mais sustentável pela Lux Life Food & Drink Awards e também premiada pela Academia Aragonesa de Gastronomia como Melhor Vinícola de Aragão 2020. Essa é uma vinícola inovadora, familiar e pioneira no compromisso com a sustentabilidade ambiental em território espanhol. Estão em seu DNA o comprometimento com a qualidade do produto, o respeito pela natureza, além da busca pelo equilíbrio entre o meio ambiente e as ações humanas.

É importante saber que esse tipo de comprometimento com a sustentabilidade não é recente. Já existe no “mundo do vinho”, há alguns anos, o respeito pela natureza e todo seu ecossistema. Na verdade, com a recente e crescente discussão em torno do ESG, essa preocupação se tornou mais latente.

O Chile é um país que vem se tornando cada vez mais reconhecido pela sua sustentabilidade e também pelas práticas orgânicas das vinícolas, como a Bouchon Family Wines, famosa pelos vinhos de qualidade e pela crescente prática sustentável.

Chegando aos vinhos veganos, não poderia deixar de citar a Miolo, vinícola brasileira. Reconhecida pela tradição e pelo pioneirismo no plantio de uvas finas no Brasil, a Miolo tem na paixão pela vitivinicultura o desejo de levar mundo afora o vinho fino brasileiro, o que fez dela a maior exportadora de vinhos do Brasil e a mais respeitada no mercado internacional.

Desde a produção dos primeiros vinhos no mundo, por volta do ano 6000 a.C., muita coisa mudou e foi descoberta, mas algo se perpetua. Como dizia William Shakespeare: “O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria”.

(Arte/Exame)

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