Neivor Canton, vice-presidente da Aurora Alimentos: expansão contínua desde 2010 (Germano Lüders/Exame)
Em 2019, a Aurora Alimentos comemorou 50 anos e bateu pela primeira vez a marca de vendas acima de 10 bilhões de reais. Neste ano, a projeção inicial de faturamento, de 12 bilhões de reais, foi revista — para cima. A nova meta gira em torno de 14 bilhões de reais.
A companhia vem crescendo de forma contínua desde 2010. Um dos fatores para esse ciclo de alta é o mercado chinês. Desde o surgimento da peste suína africana, que dizimou o rebanho da China, o maior consumidor do mundo de suínos inflacionou o mercado global. Com isso, as exportações da Aurora neste ano cresceram 25%.
Mas a empresa tem grandes desafios pela frente. Um dos principais é a alta do dólar — se favorece as vendas ao exterior, também impacta nos custos. O milho e o farelo de soja, usados na alimentação de frangos e porcos, respondem por 60% dos custos de produção.
Uma das estratégias da Aurora é avaliar a lucratividade de cada um dos cerca de 800 itens que fabrica atualmente. Há pouco tempo, 12 deles foram descontinuados em razão das baixas margens. “O produto pode ser bom, mas, se não houver volume que permita ganhos, não tem por que manter a produção”, diz Neivor Canton, vice-presidente da Aurora.