Gustavo Werneck: crescimento com olhar no ESG (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Negócios
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 09h24.
“Os resultados vieram de uma profunda transformação.” Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, explica assim os bons números da centenária siderúrgica brasileira. A produtora de aço vem batendo recorde de faturamento atrás de recorde e fechou 2022 com a maior receita líquida de sua história, de 82,4 bilhões de reais, uma alta anual de 5%.
Nos últimos anos, a empresa passou por uma revisão completa de ativos, saindo de geografias que entendeu não serem relevantes, como Índia e Chile, e focando os mercados onde a marca tinha forte presença, principalmente o Brasil e os Estados Unidos.
Além disso, apostou em agregar valor e serviços ao aço. Um exemplo é o investimento na Brasil ao Cubo, startup catarinense que faz construção modular com blocos de concreto e aço pré-moldado. Em 2022, a siderúrgica investiu 4,3 bilhões de reais, sendo 2,6 bilhões de reais em manutenção e outro 1,7 bilhão de reais em projetos de modernização. Do total investido no ano, 640 milhões de reais foram para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e para outras frentes de sustentabilidade.
A meta é seguir investindo cerca de 5 bilhões de reais ao ano, sempre olhando para a inovação, mas também para o social. De acordo com Werneck, a siderúrgica quer ser protagonista na solução dos problemas mais urgentes do Brasil. No último ano, lançou o Reforma que Transforma, programa que realiza obras de reparo em moradias de comunidades brasileiras. O serviço inclui projeto, material e profissionais. Para a Gerdau, o aço é um caminho de mudança.