Revista Exame

Serial pets: eles têm cinco negócios para animais de estimação — e a ideia é não parar por aí

Grupo criado por ex-morador de rua e sua mulher tem várias frentes de negócios, todas voltadas para o setor pet

Cleber Santos e Dan Batista, da Comport Pet: casal quer faturar 6,5 milhões de reais em 2024 (Comport Pet/Divulgação)

Cleber Santos e Dan Batista, da Comport Pet: casal quer faturar 6,5 milhões de reais em 2024 (Comport Pet/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 23 de maio de 2024 às 06h00.

O cão é o melhor amigo do homem. Nada melhor que um clichê-raiz para traduzir a história da Comport Pet, negócio tocado pelo casal de empreendedores Cleber Santos e Dan Batista. O grupo opera creche, hotelaria, adestramento, cursos para novos empreendedores, franquias, serviços de mídias sociais do setor e, ufa!, um software para gestão de pet shops. A PME faturou 5 milhões de reais no ano passado e mira crescimento de 30% em 2024.

Muito antes dos números e verticais de negócio, apareceu o vira-lata Grafit na vida de Santos. Aos 14 anos, depois de se desentender com a mãe e morar na rua, o agora empreendedor encontrou na Praça da Sé, em São Paulo, o companheiro que mudaria o seu destino. O cuidado com o cão chamou a atenção de um dono de pet shop, que lhe ofereceu um emprego como ajudante por 20 reais semanais. Dois anos depois, o jovem alistou-se nas Forças Armadas e se especializou em adestramento de animais. Em 2010, fundou a Comport Cão, oferecendo serviços de adestramento. Com a chegada da mulher — e sócia — ao negócio, a empresa virou a Comport Pet,  com os serviços de dog walking, hotel para animais, banho e tosa, veterinária e tratamento.

Aposta em franquias

A mais recente novidade é o lançamento das franquias. As três primeiras estão em preparação e serão abertas em Manaus e São Paulo. Outros quatro estados devem receber lojas ainda em 2024. Para essas aberturas, há uma exigência: “Minha vida foi mudada por causa de um cachorro”, diz Santos. “Os franqueados, donos de pet e com quem falo, precisam amar animais. Quem entra no setor pet por dinheiro quebra. Precisa ter paixão e cuidar ao máximo do cachorro. Queremos essas pessoas como nossos franqueados.” No radar dos empreendedores está a crescente ansiedade dos cachorros adotados durante a pandemia, que sofrem com a volta dos donos aos escritórios. “O cachorrinho pode destruir cômodos e até se automutilar”, diz Santos. “Aumentou muito a procura por creches para animais.” Um levantamento da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) mostra que as adoções de cachorros subiram 400% durante a pandemia. Com a demanda aquecida, surgiram novos negócios, e parte das operações da -Comport é voltada para atender esses novos empreendedores. 

Acompanhe tudo sobre:1263

Mais de Revista Exame

Dress watches: IWC apresenta três modelos do Portugieser

Swarovski apresenta coleção baseada nos mistérios subaquáticos

Aplicações na adega: o vinho como investimento financeiro

A luta e o recomeço

Mais na Exame