Siderúrgica da ArcelorMittal: só no Brasil os bônus não podem ser atrelados à segurança do trabalho (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2015 às 05h56.
São Paulo - A siderúrgica ArcelorMittal emprega mais de 200 000 pessoas em 60 países. Em quase todos eles, a empresa estipula metas para diminuir as perdas ocasionadas por acidentes de trabalho. Até 10% dos bônus pagos aos funcionários — dos operários menos graduados aos principais executivos — dependem de atingir os objetivos estipulados nessa área.
Há um único país no qual isso não é possível. Em 2013, uma mudança na legislação brasileira que regula o pagamento de participação nos lucros aos trabalhadores proibiu a inclusão no cálculo de metas de saúde e segurança no trabalho.
“Perdemos uma ferramenta que deixava o pessoal mais engajado na prevenção de acidentes”, diz Suzana de Oliveira, diretora de relações institucionais da ArcelorMittal no Brasil, onde a empresa tem 16 000 empregados.
No mundo inteiro, atrelar a remuneração aos objetivos das empresas é uma arma poderosa para melhorar o desempenho. No que diz respeito à segurança no ambiente de trabalho, os brasileiros não podem contar com esse incentivo.