A mineira Uberlândia: perdas de 40 milhõesde reais no fundo dos funcionários públicos | Cadu Rolim/Fotoarena /
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2017 às 05h55.
Última atualização em 2 de novembro de 2017 às 05h55.
A cidade mineira de Uberlândia, com 584 000 habitantes, é palco de um enredo que envolve perdas milionárias e possíveis irregularidades no sistema de aposentadoria de 16 000 servidores municipais. Em agosto, uma comissão da Câmara dos Vereadores enviou ao Ministério Público Estadual e à Polícia Federal seu relatório sobre fatos ocorridos desde 2013 no Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia. Na época, o então prefeito Gilmar Machado (PT-MG) assinou um decreto para tornar o superintendente do instituto, nomeado por ele, membro-nato do comitê de investimentos, com o poder de indicar os demais participantes. Daí por diante, até 2016, o instituto redirecionou metade dos 340 milhões de reais que antes estavam em grandes bancos a 26 fundos de gestores independentes. As aplicações se deram dentro do que é permitido por lei, mas o relatório da Câmara alega que elas embutem taxas de administração muito altas e condições fora do padrão de mercado. Até agora, o instituto uberlandense perdeu 40 milhões de reais. “Tudo isso é representativo da má gestão do dinheiro público”, afirma o atual prefeito, Odelmo Leão (PP-MG). Gilmar Machado diz que o patrimônio do instituto cresceu quando ele esteve na prefeitura e que tudo se trata de disputa política. A antiga diretoria afirma que seguiu as regras do mercado e investiu em fundos autorizados por órgãos reguladores.