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Invasão chinesa: os carros asiáticos que chegarão ao Brasil nos próximos meses

Pelo menos mais quatro marcas da China devem chegar ao Brasil nos próximos meses

Neta GT: cupê de duas portas acelera de  0 a 100 quilômetros  por hora em 3,7 segundos (Neta/Divulgação)

Neta GT: cupê de duas portas acelera de 0 a 100 quilômetros por hora em 3,7 segundos (Neta/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 06h02.

Ao caminhar pelas grandes e médias cidades brasileiras, uma percepção é muito evidente: há mais carros chineses circulando nas ruas. Esse sentimento é confirmado pelos números. Em um recorte apenas com veículos eletrificados, principal aposta das montadoras da China, de janeiro a julho o mercado nacional emplacou 94.616 veículos leves eletrificados, superando os 93.927 de todo o ano passado, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

A BYD lidera esse movimento, com 25.692 veículos, seguida pela GWM, com 4.085. Chery e JAC também já estão presentes no Brasil. Nos próximos meses, o número de montadoras operando em território nacional deve dobrar, em um cenário de mercado ávido por tecnologia e preços competitivos. Boa parte das montadoras já considera a instalação de fábricas no Brasil. Conferimos algumas dessas apostas no Salão do Automóvel de Pequim no fim de abril.

Neta

A Neta chegará ao Brasil até o fim deste ano, apostando no mercado de SUVs. A marca escolheu o Neta X 100% elétrico para estrear no país. O modelo chega ao Brasil em três versões: 400, 500 e 500 Luxury. A autonomia da bateria foi homologada pelo Inmetro e permite rodar até 317 quilômetros sem a necessidade de carregamento. Além desse SUV médio, a montadora trará o Aya, também elétrico, porém mais compacto, com preço em torno de 130.000 reais, dependendo da versão. Outra aposta é o Neta GT, um cupê de duas portas, com uma aceleração de zero a 100 quilômetros por hora em 3,7 segundos. Entra em um mercado com pouca concorrência no Brasil. O carro deve chegar até janeiro de 2025, mas já está em processo de homologação. O preço ainda vai ser definido pela montadora.

Omoda e Jaecoo: ambas as marcas pertencem ao grupo Chery e devem chegar ao Brasil no primeiro trimestre do ano que vem (Chery/Divulgação)

Omoda e Jaecoo

A concorrência na categoria dos SUVs no Brasil ganhará um novo participante no início de 2025. A chinesa Omoda (lê-se “omôda”) desembarca aqui no primeiro trimestre do ano que vem, estreando com o SUV compacto Omoda 5 em versão elétrica. Logo após, serão lançadas duas versões híbridas do Omoda 5, além da marca-irmã Jaecoo (lê-se “djeico”), com o J7, um SUV médio. Ambas pertencem ao grupo Chery, mas atuarão de forma independente no país. A Omoda tem um foco em carros mais sofisticados e tecnológicos, voltados para um público jovem. Já a Jaecoo foca em off-road e SUVs para diversos tipos de terrenos. As montadoras afirmam que, no próximo ano, os carros terão fabricação nacional. Os preços também ainda estão em definição.

Tank e Wey: a divisão de robustos carros off-road e o híbrido plug-in de luxo estão dentro do portólio da chinesa GWM (GWM/Divulgação)

Tank e Wey

Na China, a GWM opera suas marcas de forma independente da controladora. Assim, você compra um Haval, e não um GWM. No Brasil, a montadora optou por manter as marcas como modelos de carros, sob um único guarda-chuva. Embora seja uma estratégia local, a GWM vai trazer ao Brasil duas novas marcas que fazem sucesso na China. A divisão de off-road Tank desembarcará aqui no primeiro trimestre do próximo ano, com três modelos, começando pelo Tank 300, um 4x4 robusto. Outra marca que chega em 2024 é a Wey, focada em luxo. O modelo escolhido para o Brasil deve ser o Wey 5, na versão híbrida plug-in, competindo com BMW e Audi. Preço de venda: ainda em definição.

O jornalista viajou para Pequim a convite da GWM

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