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Obra de R$ 196 milhões em Rio Grande foi inútil na prática

O aprofundamento do canal do porto gaúcho de Rio Grande custou 196 milhões de reais. Mas foi, até agora, completamente inútil

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	Porto de Rio Grande: os navios poderiam levar mais carga por viagem
 (Divulgação/Exame)

Porto de Rio Grande: os navios poderiam levar mais carga por viagem (Divulgação/Exame)

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Gian Kojikovski

Publicado em 24 de março de 2016, 05h56.

São Paulo — O aprofundamento do canal do porto gaúcho de Rio Grande é mais um exemplo da falta de planejamento e do desperdício de dinheiro público no país.

A obra, iniciada em 2009, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), deveria aumentar de 14 para 16 metros a profundidade do canal interno do porto e de 14 para 18 metros fora dos molhes (estrutura que se estende em direção ao mar para proteger as embarcações).

Com isso, os navios que atracam no quarto maior porto público do país, por onde passam mais de 90% das exportações gaúchas, poderiam transportar até 20.000 toneladas a mais em cada viagem, reduzindo o custo logístico. A obra, executada pela brasileira Odebrecht e pela belga Jan de Nul, custou aos cofres públicos 196 milhões de reais e ficou pronta em 2010.

Mas, até agora, é completamente inútil. A Marinha, responsável pela segurança dos navios nos portos, não homologou o aprofundamento realizado por considerar que o laudo apresentado após o término do serviço tem inconsistências técnicas.

Por isso, os navios não são autorizados a levar mais carga por viagem. O pior é que o governo federal está contratando mais uma dragagem de Rio Grande, no valor de 387 milhões de reais, para retirar os sedimentos que se acumularam na área desde 2010. A dúvida é se a nova obra vai resolver o problema de vez ou se será mais dinheiro público gasto em vão.

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