O casal Nicole e Roberto Lemos, da Cololido: previsão de 30 milhões de reais em receitas em 2022 (Mariana Saliba/Divulgação)
Mariana Desidério
Publicado em 19 de maio de 2022 às 05h36.
Em 2019, o empreendedor Roberto Lemos foi até a China em busca de uma ideia de negócio. Voltou com o plano de vender algodão-doce usando robôs. “Fui a uma feira da área de engenharia e vi como todos se interessavam por uma máquina que fazia justamente isso”, diz Lemos, morador de Curitiba. O alvoroço em cima da engenhoca o convenceu da importância do que via no outro lado do mundo. No início resistente, a mulher dele, Nicole, embarcou na ideia.
A máquina é uma vending machine, como as de bebidas e snacks em espaços públicos, acrescida de um robô capaz de fabricar algodão-doce em várias cores e formatos — entre eles flor, coração, borboleta e trevo de quatro folhas. O casal já havia dado entrada nos trâmites para importar algumas máquinas quando a pandemia atrasou os planos. O maquinário chegou só em janeiro de 2021. Enquanto isso, Lemos bolou uns ajustes no equipamento. Agora é possível acionar o robozinho à distância. Assim começou a Cololido, uma rede de franquias de algodão-doce já com 100 unidades pelo Brasil.
Entre burocracias, aquisição das máquinas e desenvolvimento do produto, Lemos investiu 250.000 reais. Em 12 meses, a Cololido faturou 10 milhões de reais. Para 2022, a expectativa é superar 30 milhões de reais e beirar 200 unidades. Nas contas de Lemos, uma nova franquia custa 110.000 reais, e o retorno vem em até 18 meses. Nada mau para um negócio que deu meia volta ao mundo para sair do papel.