Revista Exame

Longa vida ao rosé: uma tendência que veio para ficar

A categoria praticamente dobrou de tamanho nos últimos três anos no Brasil, o que demonstra maturidade do mercado

O vinho rosé ficou ainda mais famoso no Brasil, saiba por que (Catarina Bessell/Exame)

O vinho rosé ficou ainda mais famoso no Brasil, saiba por que (Catarina Bessell/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 06h00.

Os vinhos rosés definitivamente não são somente uma tendência mundo afora e no Brasil, e sim uma realidade que veio para ficar.

O entendimento de parte dos consumidores que no passado acreditavam que o vinho rosé era inferior ou subproduto do vinho tinto já praticamente não existe mais. Ainda bem!

Segundo dados do mercado e de consultorias especializadas, a categoria de rosé no Brasil cresceu 86% nos últimos três anos, praticamente dobrando de tamanho e chegando a 9% de participação no mercado total de vinhos, que ainda tem os vinhos tintos, com 72%, e os brancos, com 19% de share.

No último ano, apenas brancos e rosés continuaram crescendo no Brasil. Isso mostra o amadurecimento do mercado consumidor de vinhos. Num país tropical como o Brasil, faz muito sentindo consumirmos cada vez mais brancos e rosés.

Conheça a newsletter da EXAME Casual, uma seleção de conteúdos pra você aproveitar seu tempo livre com qualidade.

Seguindo essa tendência global, uma região que se destaca é a Provence, no sul da França. Dos cerca de 150 milhões de garrafas produzidas a cada ano por lá, 90% são rosé. Isso representa 6% de todo o vinho rosé do mundo.

Essa AOC (Appellation d’Origine Contrôlée, ou “Denominação de Origem Controlada”) vem fazendo um trabalho muito forte de distinção de seus vinhos, com o uso do nome “Rosé de Provence”, e não somente “rosé”, que pode ser produzido em qualquer lugar do mundo e tem um universo muito mais vasto.

É algo parecido com o que a famosa região de Champagne faz há muitos e muitos anos. Hoje existem espumantes e existe champanhe, da mesma forma que existem rosés e Rosés de Provence. Isso traz ainda mais prestígio, exclusividade, tipicidade e valor agregado aos rótulos.

Capitaneando esse movimento junto com outros grandes produtores, a Moët Hennessy, divisão de vinhos e destilados do grupo de luxo francês LVMH, fez a aquisição do Chateau D’Esclans, que produz o famoso Whispering Angel, entre outros vinhos. Também investiu no projeto do Chateau Galoupet, o primeiro Cru Classe de Provence do grupo, muito focado em sustentabilidade e cultivo orgânico, e que em 2022 lançou o disruptivo Galoupet Nomade 2021, engarrafado em garrafas de plástico reciclado ultraleve.

Com seus vinhos frescos, de coloração clara e paladar agradável, os Rosés de Provence já vêm se tornando um clássico. Com muito mérito.

Saúde!


(Arte)

Acompanhe tudo sobre:Bebidasbebidas-alcoolicascomida-e-bebidaVinhos

Mais de Revista Exame

Linho, leve e solto: confira itens essenciais para preparar a mala para o verão

Trump de volta: o que o mundo e o Brasil podem esperar do 2º mandato dele?

Ano novo, ciclo novo. Mesmo

Uma meta para 2025