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Negócios em Expansão 2024: as 38 empresas que cresceram na categoria R$ 150 milhões a 300 milhões

O Grupo Ietaam, de Belém, expandiu a atuação geográfica do serviço de certificação por competência

Valdo Oliveira, fundador e CEO do Grupo Ietaam  (Leandro Fonseca/Exame)

Valdo Oliveira, fundador e CEO do Grupo Ietaam (Leandro Fonseca/Exame)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 25 de julho de 2024 às 06h00.


EMPRESA QUE MAIS CRESCEU

Grupo Ietaam: Belém (PA) | Valdo Oliveira: Fundador e CEO | O que faz: Oferece cursos técnicos, profissionalizantes e certificação por competência | Receita em 2023: 254 milhões de reais | Ritmo de expansão: 661,74% | Motivo do crescimento: Expandiu a atuação geográfica do serviço de certificação por competência a profissionais autodidatas


“No ano que vem, volto para ficar com o primeiro lugar”, disse o paraense Valdo Oliveira ao subir ao palco da cerimônia de premiação da edição 2023 do Ranking EXAME Negócios em Expansão, em julho do ano passado. Fundador do Grupo Ietaam, uma empresa de Belém focada em cursos técnicos e profissionalizantes, Oliveira participa do Negócios em Expansão desde a primeira edição, em 2022, quando ocupou a 36ª posição. No ano passado, alcançou a segunda posição entre os negócios de 30 milhões a 150 milhões de reais. Agora, dito e feito: com receita de 254 milhões de reais, um salto de 661% em 12 meses, o Grupo Ietaam teve o maior crescimento percentual de receitas entre os 38 classificados para a categoria de 150 milhões a 300 milhões de reais.

Fundado em 1986, o Ietamm cresce na esteira da certificação por competência, um diploma dado ao profissional autodidata que precisa provar ao mercado as suas habilidades. Iniciada em 2015, a metodologia do Ietaam afere conhecimentos em mais de 40 áreas, como técnico em eletrônica, automação industrial, gás e petróleo, entre outros. O conhecimento é atestado pelo Ietaam em provas de validação chanceladas por secretarias estaduais de ensino. Por trás da multiplicação de receitas por sete em 2023 está a adoção do Ietaam por estados como Amazonas, Rondônia, Paraná e São Paulo. “Queremos levar o sistema a todo o país”, diz Oliveira, à frente da empresa junto com os filhos Marcelo e Diego, responsáveis pela estratégia de marketing digital da companhia.

Ambição global

A diversificação de receitas explica a expansão da empresa de cibersegurança Asper. No ano passado, o negócio de Brasília teve uma receita líquida de 250 milhões de reais, alta anual de 151%. O período coincidiu com a ampliação de escritórios da Asper em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde também mantém um centro de segurança. A mudança de ares veio a reboque de uma estratégia de depender menos de clientes públicos, DNA da companhia fundada em 2015, para focar a iniciativa privada. Hoje, 80% das vendas da Asper já são para grandes nomes do capitalismo brasileiro, como Bradesco, Petrobras e Rede D’Or. A próxima guinada é a abertura de um escritório em Nova York. “O mercado brasileiro de cibersegurança vai movimentar 3 bilhões de dólares em 2024”, diz o fundador Arthur Gonçalves, otimista com o novo escritório. “Nos Estados Unidos, a quantia é de 70 bilhões de dólares.”

Em algumas empresas recordistas de expansão de receitas em 2023, a diversificação veio na forma de novos produtos e clientes. Que o diga a paranaense Eurofral, fabricante de itens de higiene como fraldas, lenços umedecidos, desinfetantes e outros. A empresa começou a operação em 2004 com foco no mercado infantil. De lá para cá, criou linhas para adultos e até para pets. Em 2023, a receita da Eurofral chegou a 235 milhões de reais, uma expansão de 26,78% em relação a 2022. No período, a empresa começou a fabricar itens de marca própria de clientes como a rede farmacêutica Venâncio, do Rio de Janeiro. “Hoje, 25% do negócio vem da produção de marcas próprias para terceiros”, afirma Paulo Junqueira, diretor industrial da Eurofral e filho de Adilson Oliveira, o fundador da companhia. “Esse é um mercado em que queremos crescer ainda mais e estimamos fechar o ano com 32% das vendas vindas daí.”

No caso da pernambucana Noronha Pescados, as novas fontes de receita vêm de uma aposta em produtos de maior valor agregado. Em cinco décadas de operação, o objetivo ali foi o processamento de peixes frescos e congelados. De 2021 para cá, o foco são empanados de peixe e frango já semiprontos para o consumo. “Estamos mudando de uma empresa de pescados para uma indústria de alimentos”, diz Guilherme Blanke, diretor-executivo da Noronha Pescados e neto do fundador, o imigrante alemão Wilhelm Blanke. No ano passado, a empresa cresceu 17,27%, com uma receita líquida operacional de 192,8 milhões de reais. 

Veja a lista completa das empresas selecionadas para o ranking aqui.


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