Revista Exame

10 ações para 2011

São Paulo - Períodos em que os juros sobem e as perspectivas são de crescimento econômico menor não costumam ser nada bons para o desempenho da bolsa de valores. E é justamente numa fase assim que a economia brasileira está entrando em 2011. Hora, portanto, de ficar de fora do mercado de ações? Para 30 […]

Vale (Agência Vale)

Vale (Agência Vale)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 13h38.

São Paulo - Períodos em que os juros sobem e as perspectivas são de crescimento econômico menor não costumam ser nada bons para o desempenho da bolsa de valores. E é justamente numa fase assim que a economia brasileira está entrando em 2011. Hora, portanto, de ficar de fora do mercado de ações?

Para 30 analistas dos principais bancos e corretoras do país, a resposta é não — se o investidor redo­­brar o cuidado na hora de escolher. De acordo com os especialistas ouvidos por EXAME­, ainda há na bolsa brasileira um punhado de ações atrativas. "Não se espera uma grande valorização da Bovespa nos próximos meses, mas ações de boas empresas, com bom potencial de crescimento, ainda estão disponíveis para aqueles com disposição de procurar", diz Luiz Fernando Figueiredo, sócio da gestora Mauá Sekular e ex-diretor do Banco Central.

Num levantamento com esses 30 analistas, EXAME chegou a dez ações tidas como as mais promissoras do mercado.

Vale (VALE5)

Setor: Mineração

Por que foi indicada: Os preços dos principais produtos da empresa devem continuar em alta, dizem os analistas. Isso porque a oferta mundial de minério vem caindo, em razão de problemas na produção da Austrália e da Índia, e a demanda por níquel e cobre está crescendo nos países emergentes

Atenção se: uma eventual mudança na presidência da Vale for motivada por fatores políticos, e não técnicos

Quantos analistas recomendaram a ação: 27

Risco: médio

Itaú Unibanco (ITUB4)

Setor: Bancos

Por que foi indicada: Boa parte dos gastos para integrar as estruturas de Itaú e Unibanco já foi feita. Agora, segundo os analistas, a fusão começará a gerar resultados financeiros. Isso deve fazer com que o banco se mantenha como o mais lucrativo do país neste ano, segundo a corretora Concórdia

Atenção se: o governo anunciar mais medidas de contenção do crédito, que podem reduzir os lucros do banco

Quantos analistas recomendaram a ação: 15

Risco: médio

Pão de Açúcar (PCAR5)

Setor: Varejo

Por que foi indicada: As vendas do segmento de supermercados do Pão de Açúcar têm crescido acima da concorrência. Além disso, após a compra da Casas Bahia, em 2009, o grupo passou a ter maior poder de barganha. Analistas esperam que o lucro da empresa aumente 21% ao ano até 2014

Atenção se: a expansão de concorrentes na Região Sudeste corroer as margens do grupo

Quantos analistas recomendaram a ação: 12

Risco: médio


Bradesco (BBDC4)

Setor: Bancos

Por que foi indicada: As vendas de seguros, que respondem por um terço da receita do Bradesco, têm sido um trunfo para resistir às medidas de restrição ao crédito, que vêm afetando as ações de bancos

Atenção se: o governo anunciar medidas ainda mais duras de contenção do crédito, pelas quais o Bradesco não passará imune

Quantos analistas recomendaram a ação: 8

Risco: médio

Brasil Foods (BRFS3)

Setor: Alimentos

Por que foi indicada: Os resultados da empresa devem continuar a ser beneficiados pela integração entre as operações da Sadia e da Perdigão — analistas estimam um ganho de até 800 milhões de reais neste ano

Atenção se: o Cade obrigar a BR Foods a vender alguma de suas marcas para diminuir a concentração de mercado

Quantos analistas recomendaram a ação: 7

Risco: médio

Petrobras (PETR4)

Setor: Petróleo

Por que foi indicada: O aumento do preço do petróleo no mercado externo e o crescimento da demanda pela commodity em países emergentes devem beneficiar a empresa neste ano, após a queda de 23% nas ações em 2010

Atenção se: o governo não repassar a alta do petróleo para o preço da gasolina, o que prejudicaria os resultados da Petrobras

Quantos analistas recomendaram a ação: 18

Risco: alto

OGX (OGXP3)

Setor: Petróleo

Por que foi indicada: Os analistas acreditam que as reservas provadas da OGX vão crescer em 2011. Também se espera que a companhia venda participações em blocos de exploração, o que aumentaria suas receitas

Atenção se: o volume de reservas não crescer como o esperado e se a empresa não começar a extrair petróleo dos poços

Quantos analistas recomendaram a ação: 15

Risco: alto


GOL (GOLL4 )

Setor: Transporte aéreo

Por que foi indicada: A venda de passagens aéreas cresceu mais de 20% em 2010 e deve continuar em alta neste ano. Além disso, a Gol se destaca entre as demais companhias do setor por ter os menores custos de operação

Atenção se: o preço do barril de petróleo ficar acima dos 100 dólares por mais quatro meses, o que deve elevar o custo do combustível

Quantos analistas recomendaram a ação: 9

Risco: alto

PDG realty (PDGR3)

Setor: Imobiliário

Por que foi indicada: Maior incorporadora de capital aberto, a PDG Realty aumentou suas vendas em 50% em 2010 e deve continuar crescendo, na opinião dos analistas. Esperam-se também mais ganhos de sinergia com a integração das empresas compradas nos últimos anos

Atenção se: o governo anunciar novas medidas de contenção do crédito e novos cortes no programa Minha Casa, Minha Vida

Quantos analistas recomendaram a ação: 6

Risco: alto

USIMINAS (USIM5)

Setor: Siderurgia

Por que foi indicada: A margem de lucro caiu porque os preços do minério subiram mais que os do aço. Mas, em 2011, a Usiminas deve produzir grandes quantidades de minério e, com isso, minimizar o problema de fornecimento

Atenção se: o real continuar a valorizar, o que tornará o aço produzido no exterior mais competitivo

Quantos analistas recomendaram a ação: 6

Risco: alto

Acompanhe tudo sobre:Açõesaplicacoes-financeirasB3bolsas-de-valoresEdição 0988

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda