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Arqueólogos descobrem túmulo de 'criança vampira' em antigo palácio na Europa

Pesquisadores acreditam que os corpos encontrados no Palácio dos Bispos Uniatas foram enterrados durante a Idade Média

Local onde foram encontrados restos mortais de criança 'vampira' (Stanisław Gołub/Divulgação)
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 26 de setembro de 2024 às 17h53.

Última atualização em 26 de setembro de 2024 às 18h00.

Um grupo de arqueólogos fez uma descoberta inusitada durante obras de renovação do Palácio dos Bispos Uniatas, na montanha Góra Chełmska, na Polônia. Ao remover raízes de árvores no jardim, os trabalhadores encontraram os restos mortais de duas crianças, uma delas considerada "vampira" durante a Idade Média.

A descoberta causou impacto, principalmente pela maneira peculiar com que o corpo da suposta criança "vampira" foi sepultado. Sua cabeça foi decapitada e colocada voltada para baixo na sepultura, enquanto pedras pesadas foram dispostas sobre o corpo, uma prática que visava evitar que a pessoa, vista como um ser demoníaco, pudesse "retornar à vida", segundo o comunicado na página Conservador Provincial de Monumentos de Lublin.

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Antigas tradições europeias envolviam um temor profundo pelos "revenants" — cadáveres reanimados por espíritos malignos — e os métodos para evitar que esses seres escapassem de seus túmulos eram amplamente difundidos.

De acordo com o site HeritageDaily, os pesquisadores acreditam que os sepultamentos remontam ao século 13 d.C., seguindo rituais típicos da época, como o alinhamento dos corpos na direção leste-oeste, com as cabeças voltadas para o oeste.

Exceto por fragmentos de cerâmica que auxiliaram na datação das sepulturas, nenhum dos corpos foi encontrado com objetos pessoais ou caixões. As crenças supersticiosas, especialmente durante a Idade Média, eram comuns, e muitos associavam doenças ou comportamentos anormais a fenômenos sobrenaturais, como vampirismo ou possessão.

De acordo com o jornal britânico The Independent, outras escavações já haviam revelado crianças "vampiras" enterradas sob cadeados, desmembradas ou perfuradas por objetos pontiagudos.

As novas descobertas foram documentadas, e as autoridades anunciaram que os corpos passarão por exames antropológicos para determinar mais detalhes sobre quem eram esses indivíduos, incluindo informações sobre gênero, idade e causas da morte.

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