We Do Logos aposta em criação online e vende logomarcas por 195 reais
A empresa, ainda recente, cria uma competição online entre designers para criação de marcas e atrai os pequenos negócios
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 13h18.
São Paulo – O site We Do Logos, no ar desde outubro, é uma agência de criação online que pode ser uma boa opção para as pequenas e médias empresas que queiram renovar ou criar uma marca. O cliente paga um valor pré-definido, a partir de 195 reais, e mais de mil designers criam opções de logomarcas conforme o pedido.
Depois, é só a empresa escolher aquela que mais gostou. “Normalmente é a agência que dá o preço. Nesse caso, o cliente decide e quem está disposto a fazer por aquele valor produz”, define Gustavo Mota, diretor executivo e de criação do site. Segundo Mota, o site quer atender empresas que normalmente não têm acesso a agências de publicidade. “O foco são as pequenas e médias empresas que são não são abastecidas com marca, muitas vezes o empresário pede para um primo ou amigo fazer”, diz.
Em pouco mais de dois meses, 25 empresas já criaram seus logos e outros 26 projetos estão em andamento. Mais 75 empresários já estão cadastrados criando o briefing. A Japi é uma delas. Tiago Faria de Oliveira, gerente do escritório de contabilidade Japi, achou no site uma forma mais barata e rápida de reformular a marca da empresa. “Senti necessidade de tornar a marca mais conhecida e menos amadora”, conta.
Oliveira pagou a taxa básica, de 195 reais, e teve 70 logomarcas à disposição. O gasto, segundo ele, foi menos de 10% do que estava previsto e o projeto ficou pronto em duas semanas. O desenho escolhido foi feito pelo designer Sandro Pinheiro Dias, de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. “Entrei mais por curiosidade”, conta Dias, que já ganhou três vezes e recebeu 480 reais.
O executivo explica que é fácil comprar pelo site. “É bem simples. São três passos: o cliente decide o valor que vai pagar, a partir de 195 reais. Depois ele bota o que quer, um briefing e os designers começam a produzir. Até que ele escolhe”, diz. O projeto é pago antes mas se a empresa não gostar do resultado recebe o dinheiro de volta. “A gente fica com um porcentagem de 20% do valor pago e os outros 80% são passados para o designer vencedor”, diz Mota. São três pacotes de preços sugeridos: econômico, de 195 reais, sob medida, de 495 reais e Premium, de 895 reais.
O serviço, porém, não é totalmente novo. Vários sites do tipo já atuam no exterior. No mês passado, o segmento conhecido como Design Contest System teve receita de mais de 652 mil dólares. O We Do Logos, no entanto, faturou pouco mais que 32 mil reais. Em um ano, a empresa espera chegar a 1 milhão de reais. “A projeção é para um ano alcançar quatro mil empresas”, diz Mota. Além de logomarcas, o site planeja vender outro serviços como fundo de tela para twitter, template de email marketing, apresentações em PowerPoint e lojas virtuais.
O portal é comandado pelo Grupo Young Media e já pagou mais de 26 mil reais aos participantes. O designer Sandro Pinheiro Dias lembra que, apesar da proposta inovadora, o site pode melhorar. “Como os projetos são abertos, as pessoas podem copiar as idéias e um bom profissional não vai querer se estressar por causa disso”, explica. Mota defende que a decisão de divulgar as logomarcas é da empresa. “É o cliente que escolhe se quer uma competição mais acirrada ou não”, diz.