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Voltbras, de carros elétricos, capta R$ 3 milhões com EDP

Startup que cria plataforma para que redes e montadoras possam fazer a gestão de postos de recarga de veículos elétricos concluiu rodada com EDP, Iberdrola e DOMO Invest

(seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 16 de março de 2022 às 10h26.

Encontrar soluções mais limpas para a mobilidade urbana costuma ser um desafio para as empresas e órgãos públicos, e a eletricidade, por vezes, acaba ficando fora de questão. Mas, no que depender da Voltbras, o tema nunca ficará em alta. A startup brasileira de soluções de gerenciamento e pagamento de recarga para carros elétricos recebeu um investimento de R$ 3 milhões em uma rodada envolvendo gigantes do setor de energia — entre eles, a EDP.

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Participaram da rodada, além da EDP Ventures Brasil (veículo de investimento de capital de risco da EDP), PERSEO, programa internacional de startups da Iberdrola — empresa controladora do Grupo Neoenergia — e DOMO Invest, uma das principais gestoras de Venture Capital no Brasil. No caso da Iberdrola, é a primeira vez que o programa seleciona uma startup brasileira para investimento.

Fundada em 2019 pelos empreendedores Carlos Eduardo Libardo, Eduardo Henke, Rodolfo Levien e Bernardo Durieux, a Voltbras tem como missão dar uma guinada na mobilidade elétrica do país, e faz isso criando infraestrutura para que as redes possam gerir seus postos de recarga de veículos. Por meio de um aplicativo, motoristas também podem acompanhar histórico de recargas, planejar novos abastecimentos e desbloquear equipamentos para uso.

A tecnologia está inserida em uma plataforma white label, ou seja, editável e personalizável por cada um dos usuários. Na lista de clientes da Voltbras estão, segundo a empresa, redes de postos de combustíveis, empresas de energia e montadoras.

A popularização de veículos elétricos no Brasil ainda é uma jornada com inúmeros desafios, sendo a carência de infraestrutura tida como a principal entrave para o avanço da mobilidade limpa. Além disso, há a discussão sobre quem de fato deve pagar a conta — até o momento, os pontos de recarga são gratuitos para os motoristas, e os custos ficam a cargo das redes. Com o novo capital, a intenção da startup é também atacar essa frente, criando mecanismos para pagamento que facilitem a geração de caixa para os donos de redes de eletropostos.

"Receber investimento de duas empresas de peso, com know-how europeu, onde a mobilidade elétrica está super avançada, nos torna ainda mais preparados para impulsionar o mercado aqui”, diz Bernardo Duriex, CEO da Voltbras. “Tornar os eletropostos rentáveis é outro compromisso nosso, visto que é ingrediente chave para a eletrificação da frota nacional. Queremos escrever o futuro da mobilidade elétrica no país”.

“Investir na Voltbras é investir no futuro. A mobilidade urbana caminha para um cenário cada vez mais sustentável e a startup tem um propósito bastante alinhado com o que vislumbramos para esse setor. Entendemos que a startup precisava de um impulso para se consolidar como um dos principais players nos próximos anos”, disse Franco Pontillo, gestor do Fundo Anjo e sócio na DOMO Invest.

 

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