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Universitários querem empreender, mas sonham pequeno

Pesquisa da Endeavor indica que quase 6 em cada 10 universitários pensam em empreender, mas poucos pensam em inovar e ter muitos funcionários

Jovens empreendedores (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 13h57.

Romero, assim como a maioria dos universitários, também queria empreender já na época da faculdade: “Desde o primeiro dia (da faculdade), eu comecei a encontrar pessoas que dividiam essa paixão comigo”. Ele então começou um negócio junto com seus colegas de turma, Rodrigo e Ronaldo.

Depois de quatro tentativas malsucedidas, o trio começou a colher resultados de uma nova empreitada, que tinha foco no mercado de e-commerce, ainda pequeno no ano de 1998. Depois de 5 anos de muito suor e desafios, a empresa, que tinha começado com apenas três pessoas, já contava com cerca de 120 funcionários. O Buscapé , empresa fundada por Romero Rodrigues e seus dois colegas de faculdade, hoje conta com 1,7 mil funcionários em todos os seus sites e é o líder global em comparação de preços.

Apesar da maioria dos universitários brasileiros ter a vontade de empreender como a de Romero, poucos deles estão pensando em ter empresas que cresçam rápido em poucos anos, como o Buscapé. Entre os 58% dos universitários entrevistados que indicaram pensar em empreender no futuro, apenas 11% esperam que suas empresas tenham mais de 25 funcionários cinco anos após a abertura. Mesmo entre outros 11% dos pesquisados, que já são empreendedores, o sonho de ter um negócio que cresça rápido também está longe de ser uma unanimidade: apenas 17,4% esperam alcançar esse resultado.

Esses e outros números fazem parte da pesquisa Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras, feita pela Endeavor e pelo Sebrae . Os resultados do estudo foram divididos em quatro relatórios, que podem ser acessados gratuitamente aqui. Em sua terceira edição, mais de 5 mil alunos e mais de 600 professores de todo o Brasil participaram da pesquisa, que contém resultados quantitativos e qualitativos.

A pesquisa também aponta que alunos que consideram suas ideias de negócio mais inovadoras têm expectativa de criar empresas maiores, se comparados com a média da pesquisa. Entre os empreendedores que não consideram suas empresas inovadoras, 21,4% acreditam que sua empresa terá mais de 10 funcionários em 5 anos, número que atinge 47,6% entre aqueles que acreditam que inovam.

Muito sonho e pouca preparação

O fato da maioria dos universitários não sonhar com grandes negócios não é o único resultado que deixa a desejar. A maioria dos alunos pesquisados também não se prepara para empreender. Apenas 14,1% dos pesquisados indicam que gastam tempo aprendendo a iniciar um novo negócio. Mesmo entre os alunos que “pensam muito em empreender”, apenas 22,6% disseram ter a mesma dedicação para começar a empreender.

Essa falta de prática para empreender também pode ter impacto nos resultados sobre a confiança dos alunos para realizarem atividades típicas de um empreendedor, como contratar, gerir as finanças ou definir uma estratégia para um novo produto. Entre os alunos que apontam baixa dedicação para empreender, apenas 20% se sentem muito confiantes para abrir um negócio.

Entre os que dizem se dedicar, esse número dobra: cerca de 40% se sentem muito confiantes. “Se tivermos mais universidades e professores que estimulem seus alunos a inovar, a se preparar e a sonhar grande, com certeza o Brasil poderá ter no futuro muito mais grandes histórias como a do Romero”, afirma Pamella Gonçalves, Gerente de Pesquisa da Endeavor.

A pesquisa completa está no site da Endeavor.

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Romero, assim como a maioria dos universitários, também queria empreender já na época da faculdade: “Desde o primeiro dia (da faculdade), eu comecei a encontrar pessoas que dividiam essa paixão comigo”. Ele então começou um negócio junto com seus colegas de turma, Rodrigo e Ronaldo.

Depois de quatro tentativas malsucedidas, o trio começou a colher resultados de uma nova empreitada, que tinha foco no mercado de e-commerce, ainda pequeno no ano de 1998. Depois de 5 anos de muito suor e desafios, a empresa, que tinha começado com apenas três pessoas, já contava com cerca de 120 funcionários. O Buscapé , empresa fundada por Romero Rodrigues e seus dois colegas de faculdade, hoje conta com 1,7 mil funcionários em todos os seus sites e é o líder global em comparação de preços.

Apesar da maioria dos universitários brasileiros ter a vontade de empreender como a de Romero, poucos deles estão pensando em ter empresas que cresçam rápido em poucos anos, como o Buscapé. Entre os 58% dos universitários entrevistados que indicaram pensar em empreender no futuro, apenas 11% esperam que suas empresas tenham mais de 25 funcionários cinco anos após a abertura. Mesmo entre outros 11% dos pesquisados, que já são empreendedores, o sonho de ter um negócio que cresça rápido também está longe de ser uma unanimidade: apenas 17,4% esperam alcançar esse resultado.

Esses e outros números fazem parte da pesquisa Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras, feita pela Endeavor e pelo Sebrae . Os resultados do estudo foram divididos em quatro relatórios, que podem ser acessados gratuitamente aqui. Em sua terceira edição, mais de 5 mil alunos e mais de 600 professores de todo o Brasil participaram da pesquisa, que contém resultados quantitativos e qualitativos.

A pesquisa também aponta que alunos que consideram suas ideias de negócio mais inovadoras têm expectativa de criar empresas maiores, se comparados com a média da pesquisa. Entre os empreendedores que não consideram suas empresas inovadoras, 21,4% acreditam que sua empresa terá mais de 10 funcionários em 5 anos, número que atinge 47,6% entre aqueles que acreditam que inovam.

Muito sonho e pouca preparação

O fato da maioria dos universitários não sonhar com grandes negócios não é o único resultado que deixa a desejar. A maioria dos alunos pesquisados também não se prepara para empreender. Apenas 14,1% dos pesquisados indicam que gastam tempo aprendendo a iniciar um novo negócio. Mesmo entre os alunos que “pensam muito em empreender”, apenas 22,6% disseram ter a mesma dedicação para começar a empreender.

Essa falta de prática para empreender também pode ter impacto nos resultados sobre a confiança dos alunos para realizarem atividades típicas de um empreendedor, como contratar, gerir as finanças ou definir uma estratégia para um novo produto. Entre os alunos que apontam baixa dedicação para empreender, apenas 20% se sentem muito confiantes para abrir um negócio.

Entre os que dizem se dedicar, esse número dobra: cerca de 40% se sentem muito confiantes. “Se tivermos mais universidades e professores que estimulem seus alunos a inovar, a se preparar e a sonhar grande, com certeza o Brasil poderá ter no futuro muito mais grandes histórias como a do Romero”, afirma Pamella Gonçalves, Gerente de Pesquisa da Endeavor.

A pesquisa completa está no site da Endeavor.

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