600 empreendedores frequentam o curso de EXAME PME
O 5º Curso Exame PME reuniu 600 empreendedores em São Paulo. Durante dois dias, eles assistiram a aulas sobre gestão e ouviram histórias emocionantes
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2014 às 20h10.
São Paulo - Não é só o conteúdo das aulas que vai entrar para a história do 5º Curso Exame PME, que aconteceu no início de abril, em São Paulo. O primeiro dia terminou com um happy hour. Foi uma oportunidade para que 600 empreendedores colocassem em prática os ensinamentos sobre networking que Bel Pesce — autora do livro A Menina do Vale — acabara de passar.
Quase metade dos presentes era de fora de São Paulo. Muitos vieram de cidades distantes, como Sobral, no Ceará, e Macapá, no Amapá. O segundo dia foi marcado pela empolgação. Houve fila de pessoas que queriam selfies com Zica de Assis — a empreendedora que, ao testar alisantes no cabelo, acabou construindo o Instituto Beleza Natural, rede carioca de salões que fatura mais de 140 milhões reais por ano tratando cabelos crespos. Em resumo: não poderia ter sido melhor. Eis alguns momentos marcantes das palestras.
Riscos jurídicos: "Os empreendedores brasileiros têm medo de parecer arrogantes ao propor a seus clientes e fornecedores que assinem contratos para formalizar a relação. Não deveria ser assim. Colocar as intenções no papel pode evitar dores de cabeça no futuro”
— Rafael Federici, sócio da Comparato, Nunes, Federici & Pimentel Advogados, sobre os cuidados para evitar que o crescimento de uma pequena ou média empresa seja prejudicado por entraves jurídicos
Treinamento: "Levamos todos os funcionários do call center para pelo menos uma viagem em nossos aviões. Eles fazem a reserva e entram na fila como todo mundo. Se o funcionário não tem a menor ideia dos possíveis problemas de um cliente, não vai conseguir atendê-lo”
— José Efromovich, presidente da companhia aérea Avianca
Posicionamento: "Não vendemos produto para cabelo nem creminho para deixar os cachos bonitos. Vendemos autoestima para nossas clientes. Elas compram a chance de ser elogiadas na rua”
— Zica de Assis, fundadora do Instituto Beleza Natural , rede carioca de salões de beleza para mulheres com cabelos crespos
Big data: "Não adianta ter acesso a um mundo de informações e não saber o que fazer com elas. Você quer tornar seu produto conhecido? Quer vender mais para quem já é cliente? Sem determinar o que é mais importante não é possível transformar dados em vendas”
— João Ricardo Mendes, fundador do Hotel Urbano , site que oferece pacotes de viagem, sobre como faz para aproveitar o conhecimento que a internet e os dispositivos móveis revelam sobre seus clientes
Perseverança: "Enfrentei a bolha da internet logo nos primeiros anos do Mercado Livre. Não havia investimento, e todos desconfiavam dos negócios virtuais. A empresa demorou sete anos para dar lucro. Mas nunca pensei em desistir. Empreender não é uma corrida de 100 metros. É uma maratona”
— Marcos Galperin, fundador do Mercado Livre, empresa de comércio eletrônico que, no ano passado, faturou 472 milhões de dólares e registrou lucro de 117 milhões de dólares
Processos: "As pessoas precisam se acostumar a simplificar ao máximo o seu trabalho. Assim fica mais fácil para que um mesmo processo seja seguido por diferentes funcionários”
— Tallis Gomes, fundador do aplicativo Easy Taxi , sobre os processos de trabalho que caracterizam uma startup e que podem ser copiados por qualquer empreendedor à frente de negócios em crescimento
Pessoas: "No Getninjas, as tarefas mais importantes são executadas sempre em dupla. Alguém pode perguntar: ‘Não é desperdício de mão de obra?’. Não vejo dessa forma. Há mais engajamento, menos erros, as duas pessoas aprendem e no fim tudo acontece mais rapidamente”
— Eduardo L’Hotellier, fundador do Getninjas, site de contratação de serviços de profissionais autônomos, sobre como sua empresa treina funcionários com poucos gastos
Gestão: "Dizem que o olho do dono é que engorda o gado. Essa é uma crença de quem pensa pequeno. Os donos de empresas prósperas se cercam de gente competente para tomar conta do dia a dia. A maior parte do tempo deles é dedicada a planejar a expansão”
— Wilson Poit, fundador da Poit Energia, hoje presidente da SP Turis e da SP Negócios. (Em 2012, a Poit Energia foi vendida por 400 milhões de reais para a britânica Agrekko)
Clientes: "Os clientes só são bem tratados quando os funcionários que os atendem também são. Demonstrar atenção e apreço pelas pessoas é simples e fundamental”
— Leila Velez, CEO do Instituto Beleza Natural
Erros: "Um empreendedor não pode ter medo de arriscar. Não dá para esperar resultados diferentes se você fizer a mesma coisa todos os dias. É melhor errar de uma vez do que acertar lentamente”
— Aleksandar Mandic, empreendedor serial que vendeu — bem — as três empresas de internet que fundou. Atualmente, Mandic se dedica a aperfeiçoar o Mandic Magic, aplicativo de compartilhamento de senhas de Wi-Fi em lugares públicos, que criou há pouco mais de um ano
São Paulo - Não é só o conteúdo das aulas que vai entrar para a história do 5º Curso Exame PME, que aconteceu no início de abril, em São Paulo. O primeiro dia terminou com um happy hour. Foi uma oportunidade para que 600 empreendedores colocassem em prática os ensinamentos sobre networking que Bel Pesce — autora do livro A Menina do Vale — acabara de passar.
Quase metade dos presentes era de fora de São Paulo. Muitos vieram de cidades distantes, como Sobral, no Ceará, e Macapá, no Amapá. O segundo dia foi marcado pela empolgação. Houve fila de pessoas que queriam selfies com Zica de Assis — a empreendedora que, ao testar alisantes no cabelo, acabou construindo o Instituto Beleza Natural, rede carioca de salões que fatura mais de 140 milhões reais por ano tratando cabelos crespos. Em resumo: não poderia ter sido melhor. Eis alguns momentos marcantes das palestras.
Riscos jurídicos: "Os empreendedores brasileiros têm medo de parecer arrogantes ao propor a seus clientes e fornecedores que assinem contratos para formalizar a relação. Não deveria ser assim. Colocar as intenções no papel pode evitar dores de cabeça no futuro”
— Rafael Federici, sócio da Comparato, Nunes, Federici & Pimentel Advogados, sobre os cuidados para evitar que o crescimento de uma pequena ou média empresa seja prejudicado por entraves jurídicos
Treinamento: "Levamos todos os funcionários do call center para pelo menos uma viagem em nossos aviões. Eles fazem a reserva e entram na fila como todo mundo. Se o funcionário não tem a menor ideia dos possíveis problemas de um cliente, não vai conseguir atendê-lo”
— José Efromovich, presidente da companhia aérea Avianca
Posicionamento: "Não vendemos produto para cabelo nem creminho para deixar os cachos bonitos. Vendemos autoestima para nossas clientes. Elas compram a chance de ser elogiadas na rua”
— Zica de Assis, fundadora do Instituto Beleza Natural , rede carioca de salões de beleza para mulheres com cabelos crespos
Big data: "Não adianta ter acesso a um mundo de informações e não saber o que fazer com elas. Você quer tornar seu produto conhecido? Quer vender mais para quem já é cliente? Sem determinar o que é mais importante não é possível transformar dados em vendas”
— João Ricardo Mendes, fundador do Hotel Urbano , site que oferece pacotes de viagem, sobre como faz para aproveitar o conhecimento que a internet e os dispositivos móveis revelam sobre seus clientes
Perseverança: "Enfrentei a bolha da internet logo nos primeiros anos do Mercado Livre. Não havia investimento, e todos desconfiavam dos negócios virtuais. A empresa demorou sete anos para dar lucro. Mas nunca pensei em desistir. Empreender não é uma corrida de 100 metros. É uma maratona”
— Marcos Galperin, fundador do Mercado Livre, empresa de comércio eletrônico que, no ano passado, faturou 472 milhões de dólares e registrou lucro de 117 milhões de dólares
Processos: "As pessoas precisam se acostumar a simplificar ao máximo o seu trabalho. Assim fica mais fácil para que um mesmo processo seja seguido por diferentes funcionários”
— Tallis Gomes, fundador do aplicativo Easy Taxi , sobre os processos de trabalho que caracterizam uma startup e que podem ser copiados por qualquer empreendedor à frente de negócios em crescimento
Pessoas: "No Getninjas, as tarefas mais importantes são executadas sempre em dupla. Alguém pode perguntar: ‘Não é desperdício de mão de obra?’. Não vejo dessa forma. Há mais engajamento, menos erros, as duas pessoas aprendem e no fim tudo acontece mais rapidamente”
— Eduardo L’Hotellier, fundador do Getninjas, site de contratação de serviços de profissionais autônomos, sobre como sua empresa treina funcionários com poucos gastos
Gestão: "Dizem que o olho do dono é que engorda o gado. Essa é uma crença de quem pensa pequeno. Os donos de empresas prósperas se cercam de gente competente para tomar conta do dia a dia. A maior parte do tempo deles é dedicada a planejar a expansão”
— Wilson Poit, fundador da Poit Energia, hoje presidente da SP Turis e da SP Negócios. (Em 2012, a Poit Energia foi vendida por 400 milhões de reais para a britânica Agrekko)
Clientes: "Os clientes só são bem tratados quando os funcionários que os atendem também são. Demonstrar atenção e apreço pelas pessoas é simples e fundamental”
— Leila Velez, CEO do Instituto Beleza Natural
Erros: "Um empreendedor não pode ter medo de arriscar. Não dá para esperar resultados diferentes se você fizer a mesma coisa todos os dias. É melhor errar de uma vez do que acertar lentamente”
— Aleksandar Mandic, empreendedor serial que vendeu — bem — as três empresas de internet que fundou. Atualmente, Mandic se dedica a aperfeiçoar o Mandic Magic, aplicativo de compartilhamento de senhas de Wi-Fi em lugares públicos, que criou há pouco mais de um ano